Fórum começa com conferência simbólica
15/01/2004
- Opinión
Primeiro evento terá personalidades de todos os
continentes. FSM pode ter a presença de 150 mil pessoas
(Mumbai, 15 de janeiro) Nesta sexta-feira, dia 16, às 16h
de Mumbai (8h30, horário de Brasília), começa a quarta
edição do FSM. Na abertura, além de apresentações musicais
e de dança de grupos indianos e do brasileiro Instituto,
acontecerá a conferência inaugural.
Entre eles, destacam-se o brasileiro Chico Whitaker, um dos
idealizadores do encontro, a iraniana Shirin Ebadi (prêmio
Nobel da Paz em 2003), os indianos V. P. Simgh (crítico
literário) e Lakshmi Sehgal (líder da esquerda no país,
primeira candidata mulher à presidência da Índia, em 2002),
o palestino Mustafá Barghouti (co-fundador de uma rede de
entidades de oposição na Palestina ao lado de Edward Said),
o argelino Ahmed Ben Bella (líder do movimento de
independência e primeiro presidente do país após a
independência), além do britânico Jeremy Corbin (líder do
partido trabalhista e que comandou a campanha anti-guerra
na Inglaterra).
Essa primeira conferência tem um caráter simbólico, estarão
presentes personalidades de todos os continentes. É uma
forma de demonstrar a preocupação planetária do evento e
sua intenção de romper ao máximo as fronteiras geográficas.
Nesta edição já haviam se credenciado até ontem (dia 14)
delegados de 132 países. A expectativa é de que em números
o Fórum de Mumbai supere o de Porto Alegre. Alguns dos
organizadores falavam ontem em 150 mil pessoas.
A programação com as personalidades presentes aos
principais eventos encontram-se no sítio oficial da
entidade.
www.wsfindia.org
www.forumsocialmundial.org.br
Davos
De 21 a 23, em Davos, na Suíça, ocorre o tradicional Fórum
Econômico Mundial. Lá, economistas e representantes de
diversos governos estarão debatendo o mundo sob a ótica
neoliberal. O encontro nos Alpes suíços ocorre desde a
década de 70 e foi a principal referência para a criação do
Fórum Social Mundial.
Em 2000, os brasileiros Oded Grajew (hoje na direção do
Instituto Ethos) e Chico Whitaker se reuniram com o diretor
do jornal Le Monde Diplomatique, Bernard Cassen e tiveram a
idéia de organizar um evento que iria "acabar com Davos",
nas palavras do jornalista francês. Em 2001 e nos dois anos
seguintes, 20, 50 e 100 mil pessoas respectivamente
estiveram reunidas em Porto Alegre para mostrar e pensar um
outro mundo possível, longe do modelo neoliberal.
Como espaço de troca de idéias e experiências por parte de
entidades não governamentais, o FSM está mais do que
consolidado, da mesma forma que os fóruns regionais e
temáticos. O grande objetivo é encontrar formas de tornar
mais concretas as propostas e alternativas pensadas e
apresentadas no encontro.
* Renato Rovai. Enviado da Revista Fórum à Índia.
https://www.alainet.org/de/node/109106?language=en
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