Luto

13/05/2016
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Foto: manifestação pela democracia. ciudad manifestacion
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Não aceito sentir luto!

O luto, sentimento, soa com aceitação, conformação.

Eu não me conformo,

sou um eterno rebelde e insurgente.

 

Eu luto, um verbo, uma ação.

Luto contra a injustiça e a desigualdade.

Luto contra o ódio e o preconceito,

contra o desrespeito à vontade soberana, contra a opressão.

 

Lutar é aquilo que me diferencia,

que me faz sentir vivo e me motiva,

que contribui para a concretização dos meus sonhos

e permite a aproximação às minhas utopias.

 

Luto contra o silêncio sepulcral da violência,

pela liberdade, pelo amor, pela decência,

pela disseminação da igualdade e da tolerância,

pela natureza, pela vida e a criatividade.

 

Meu lutar é um passo adiante,

é um ponto de iluminação,

símbolo de uma certeza interminável

de que as barreiras do arbítrio serão derrubadas.

 

Minha vida não tem sentido se deixar de lutar,

não abandono meus ideais e meus desejos,

não deixo meus companheiros sozinhos no caminho

e nunca desisto de criar e transformar.

 

Quando a aurora da esperança surge no horizonte,

trilho a minha jornada em busca de um mundo sonhado,

levo as minhas sementes, que partilho com os caminhantes,

com aqueles que como eu não desistem, lutam!

 

Venham camaradas perdidos e assustados,

não temam a grandeza que brota nos seus corações.

Nascemos para lutar, para brilhar e transformar,

mostrar que somos muito maiores do que nos deixam acreditar.

 

Sandro Ari Andrade de Miranda, advogado, mestre em ciências sociais.

 

Publicado em 12 de maio de 2016

 

https://sustentabilidadeedemocracia.wordpress.com/2016/05/12/luto/

 

 

 

https://www.alainet.org/de/node/177432
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