Sentenças
29/11/2001
- Opinión
"É hora de pensar em tortura" (Jonathan Alter, comentarista da cadeia
de TV NBC e colunista da revista Newsweek, em 30/10/01).
"Não sou a favor da tortura mas, se vamos tê-la, é absolutamente
necessária a aprovação do tribunal." (Alan Dershowitz, advogado e
professor da Universidade de Harvard, citado no artigo de Jonathan
Alter).
"A tortura é ruim, mas em certas circunstâncias pode ser um mal
menor." (Tucker Carlson, comentarista da CNN).
"Isso provoca frustração nos investigadores" [a lei não admitir
tortura a suspeitos de terrorismo], (Peter Crooks, ex-agente do FBI,
especialista em táticas antiterror).
"Nada substitui um interrogatório calmo, com perguntas cuidadosamente
escolhidas, durante um longo tempo" (Anthony Cordesman, do Centro de
Estudos Internacionais e Estratégicos, dos EUA).
"Essencialmente, isso coloca os suspeitos de terrorismo no processo
de justiça militar" (Timothy Flanigan, da equipe de advogados da Casa
Branca, explicando o decreto do presidente Bush, assinado a 14 de
novembro, estabelecendo tribunais militares para julgar pessoas
acusadas de atividades terroristas, presas para averiguações por
prazo indeterminado, sem direito a julgamento por júri, podendo ser
condenadas mediante processos parcialmente secretos e com base em
provas não admitidas por tribunais civis).
"O plano do presidente Bush de usar tribunais militares secretos para
julgar terroristas é uma idéia perigosa, que se torna ainda pior pelo
fato de ser tão superficialmente atraente." (Editorial do jornal The
New York Times, em 16 de novembro).
"A decisão é um insulto ao excelente equilíbrio dos poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário incorporados à Constituição. Com
o toque de uma caneta, Bush essencialmente descartou as normas da
Justiça americana, meticulosamente reunidas ao longo de mais de dois
séculos." (The New York Times, id.)
"A ordem foi assinada e ninguém aqui tem vergonha disso." (Timothy
Flanigan, advogado da Casa Branca, justificando o decreto do
presidente Bush que determina execução rápida aos condenados à morte
por terrorismo).
"É apenas mais um de uma série de decretos apressados e,
possivelmente, inconstitucionais da administração, que minam os
direitos humanos." (John Coyners, deputado democrata, membro do
Comitê de Justiça da Câmara dos EUA).
"Tradicionalmente, as comissões militares têm sido 'tribunais de
enforcamento'. Elas têm um histórico extraordinário de condenações e
sentenças de morte." (Peter Raven-Hansen, da Universidade Georgetown,
especialista em segurança nacional).
"Dar aos acusados um cálice envenenado é pô-lo em nossos lábios
também." (Robert Jackson, promotor-chefe dos EUA no tribunal de
Nuremberg, ao abrir o julgamento dos líderes nazistas).
"Quem sacrifica a liberdade em nome da segurança, não merece
liberdade nem segurança." (Benjamin Franklin - 1706-1790).
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