George Bush, o chefão do terrorismo internacional
28/02/2007
- Opinión
Logo após os atentados de 11 de setembro de 2001, em que três aviões derrubaram as “torres gêmeas” do World Trade Center, símbolo da ostentação capitalista, e atingiram as laterais do Pentágono, símbolo do poder do império, George W. Bush declarou: “Sou um presidente em guerra”, um war president. Já o seu vice, Dick Cheney, vinculado à indústria petrolífera, foi ainda mais assustador: “É diferente da guerra do Golfo [no governo de Bush-pai] no sentido de que ela pode não terminar nunca, pelo menos não no nosso tempo de vida”. Aqueles episódios trágicos mudariam os rumos da história e fariam a política terrorista-imperialista dos EUA atingir o seu ápice, colocando em risco a própria sobrevivência da humanidade.
Na sua história expansionista, os EUA já organizaram, financiaram e participaram de inúmeras guerras. A própria formação do país está manchada de sangue, com o extermínio de povos indígenas e a anexação de terras mexicanas. Para manter sua hegemonia no “quintal” latino-americano, os EUA também realizaram várias intervenções armadas em nações soberanas e bancaram golpes militares, ditaduras cruéis, atentados terroristas e assassinatos de líderes populares e nacionalistas. Já para ampliar a sua hegemonia planetária, lançaram as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, apoiaram genocídios na Ásia e na África, deram proteção a ditadores sanguinários e tornaram-se os recordistas mundiais no tráfico de armas.
“Tirando partido da tragédia”
A ação terrorista-imperialista dos EUA ainda será condenada pelo tribunal da história. O julgamento será ainda mais duro após a chegada de George W. Bush à presidência dos EUA, em janeiro de 2001. A maior potência do mundo é hoje dirigida por um homem que se considera “um enviado de Deus” e que mantém promiscuas relações com o poderoso “complexo militar-industrial”, que reúne fábricas de armamentos, corporações do petróleo e grandes bancos. Os suspeitos atentados de 11 de setembro serviram para retirar um desgastado Bush, eleito de forma fraudulenta, do seu isolamento e para justificar suas ações terroristas no Afeganistão e Iraque visando ampliar, numa escala sem precedentes, a hegemonia mundial dos EUA.
Segundo Richard Clark, assessor militar do Conselho de Segurança Nacional, os ataques foram utilizados para concluir o que Bush-pai deixara inconcluso. Tendo servido a quatro presidentes, Clark foi acionando quando dos episódios e lamenta. “Depois percebi com dor aguda, quase física, que estavam tentando tirar partido daquela tragédia nacional para promover a agenda deles no Iraque”. Paul O’Neill, ex-secretário do Tesouro, também registra em seu livro que o Iraque era uma obsessão de Bush antes dos atentados. Nas reuniões ministeriais, “ele era como um cego numa sala cheia de pessoas surdas”. A ocupação terrorista inclusive já estava detalhada, com os mapas das áreas potenciais de exploração do petróleo iraquiano.
A estratégia da Pax Americana
O plano para a expansão imperialista dos EUA, para a construção da chamada Pax Americana, já estava delineado desde o desmoronamento do bloco soviético. Com o fim da chamada “guerra fria” e da temida “ameaça comunista”, muitos iludidos apostaram em seus efeitos positivos com o fim da bilionária corrida armamentista – entre 1949/1991, os EUA gastaram US$ 7,1 trilhões na “defesa nacional”. Mas este nunca fora o projeto do poderoso “complexo militar-industrial” que domina a política ianque. Após a débâcle do bloco soviético, uma nova doutrina fascista emergiu deste grupo, a de estender o domínio anterior, num mundo bipolar, para a dominação completa do planeta, com a construção de uma potência unipolar.
Esta passou a ser a ambição das empresas que fizeram fortuna como fornecedoras de armas ao Pentágono durante a “guerra fria” e das corporações do petróleo, sequiosas pelas reservas do Oriente Médio. Nele estavam envolvidas empresas que ascenderam ao poder com a eleição de George H. W. Bush, o Bush-pai, como a Chevron, que batizou um petroleiro de 130 mil toneladas com o nome de Condoleezza Rice, ex-integrante do seu conselho de direção, e a Halliberton, que foi presidida pelo próprio Dick Cheney. Em 1992, na campanha por sua reeleição, este projeto já havia sido traçado pelos ideólogos ultradireitistas do Partido Republicano, os neocons, e pelos fanáticos religiosos que rodeavam a família Bush, os theocons.
Em março de 1992, o New York Times vazou um documento interno do Pentágono (DPG) que continha os detalhes desta estratégia para substituir a política da “guerra fria”. Ele já pregava a Pax Americana, com a existência de uma única superpotência mundial, com direito à ação unilateral, à guerra preventiva e ao uso de força, inclusive contra históricos aliados que se atravessem a reforçar seu poderio militar. Ele já tratava a região asiática – o Iraque, em especial – como estratégica neste projeto geopolítico. Mas seu vazamento gerou forte reação dos aliados e desgastou a imagem de Bush, contribuindo para as duas derrotas seguidas dos republicanos. O plano foi parcialmente “suavizado” durante os oito anos do “democrata” Bill Clinton.
“Identificar e destruir”
Em janeiro de 2001, porém, os neocons e os theocons finalmente retornaram ao poder, desta feita através da figura caricata de George W. Bush, o baby-Bush, o 43º presidente dos EUA. Estavam sendo criadas as condições para desarquivar a controvertida Orientação da Política de Defesa (DPG), elaborada em 1992 – depois atualizada, em 1997, com o nome de Projeto Novo Século Americano (PNAC), e que teve nova redação, em setembro de 2000, com o relatório Reconstruindo as Defesas da América (RAD). Como se observa, o projeto terrorista dos EUA, rebatizado de Estratégia de Segurança Nacional (NSS) e divulgado com pompa por baby-Bush em setembro de 2002, já estava pronto há quase uma década!
A versão original não deixava margem à dúvida sobre a agressividade imperialista. Já falava abertamente em promover “ações unilaterais”, sem qualquer consulta aos organismos internacionais, para promover os “valores americanos” da democracia liberal e do “livre mercado”. De forma grosseira, a DPG alegava que “sem a União Soviética, somos a única superpotência e o nosso objetivo número um deve ser o de manter as coisas assim”. Num outro ponto, esbravejava: “Não admitimos dividir nossa posição com ninguém”. O texto já antecipava a idéia das “guerras preventivas” e relativiza o conceito da soberania das nações.
Já o documento Estratégia de Segurança Nacional (NSS) só fez confirmar esta política belicosa. Nas suas 33 páginas, o texto escrito sob a direção de Condoleezza Rice era altamente agressivo. “Defenderemos os EUA, o povo americano e nossos interesses em casa e no exterior, identificando e destruindo as ameaças antes que elas cheguem às nossas fronteiras. Ao mesmo tempo em que os EUA tentarão recrutar o apoio da comunidade internacional, não hesitaremos em agir sozinhos, se necessário, para exercer nosso direito de autodefesa, agindo de maneira preventiva”. A NSS já previa a instalação de “bases americanas dentro e além da Europa Ocidental e do Nordeste Asiático” e o aumento do gasto militar anual de US$ 350 bilhões para mais de US$ 500 bilhões – fora os US$ 40 bilhões por ano para manter 150 mil soldados no Iraque.
Falso “combate ao terrorismo”
Lendo estes documentos, fica patente que os atentados de 11 de setembro serviram somente de pretexto para colocar em prática esta visão terrorista-imperialista. Sem as suspeitas ações comandadas por Osama bin Laden, por acaso um antigo aliado dos EUA na luta contra os soviéticos no Afeganistão, seria difícil emplacar nos EUA e na comunidade internacional um projeto tão belicista e belicoso. No passado, para justificar a histeria da “guerra fria”, a Doutrina Truman criou a imagem do “perigo comunista”. Agora, os atentados ajudaram a criar o clima do “perigo terrorista” e do “choque de civilizações”. O primeiro alvo desta estratégia imperial foi o Afeganistão, um país mais frágil e isolado no tabuleiro mundial.
Mesmo após o governo afegão, sob o controle dos antigos aliados do Talibã, ter proposto entregar Osama Bin Laden a um país neutro e ter concordado com seu julgamento, mas sob as leis islâmicas, os EUA iniciaram o covarde bombardeio ao país em 7 de outubro de 2001. Uma semana após o início dos ataques aéreos, a proposta de paz foi reiterada, mas a resposta de Bush foi reveladora: “Não há necessidade de se negociar. Não temos que discutir se ele [Bin Laden] é inocente ou culpado. Sabemos que é culpado”. Na verdade, a captura do suspeito terrorista não era a prioridade dos EUA, que poderiam tê-la conseguido por meios pacíficos. Sua extradição, reiterada pelo Talibã, faria desaparecer o real motivo da guerra!
700 mil mortos no Iraque
A invasão do Afeganistão fazia parte de um plano maior; visava criar o clima para a ocupação do Iraque e o domínio daquela região estratégica. As cruéis sanções impostas ao Iraque pelo Conselho de Segurança da ONU, que causaram a morte de meio milhão de crianças e de um milhão de adultos, segundo cálculos da própria Unicef, nunca sensibilizaram os falcões republicanos. Diferentemente da secretária de Estado Madeleine Albright, proponente das sanções durante o governo do “democrata” Bill Clinton, que declarou que a morte de meio milhão de crianças “foi um preço que valeu a pena”, os neocons e os theocons nunca se contentaram apenas com as sanções. Desde Bush-pai, sempre sonharam em ocupar militarmente o país.
O saldo do terrorismo de Estado dos EUA é que desde o início desta brutal guerra de ocupação, em março de 2003, já morreram cerca de 700 mil iraquianos e mais de 3 mil soldados ianques – além de milhares de “mercenários modernos” contratados pelo governo Bush e pelas corporações que hoje exploram o país. O custo desta empreitada insana e genocida, segundo estimativa recente de Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, já supera os US$ 2,2 trilhões – para a alegria do “complexo militar-industrial” dos EUA. Não é para menos que George W. Bush, chefão do terrorismo internacional, recebeu as maiores contribuições financeiras desta “indústria da morte” na campanha para a sua reeleição em 2004.
* Próximos artigos da série:
2- As mentiras do terrorista George W. Bush;
3- George W. Bush: uma fraude no poder;
4- Os negócios ilícitos da dinastia Bush;
5- George Bush e fanatismo religioso;
6- George Bush, o “grande ditador”;
7- Bush e a conspiração das “torres gêmeas”;
8- As derrotas e o isolamento de George Bush.
- Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro “Venezuela: originalidade e ousadia” (Editora Anita Garibaldi, 3ª edição).
Na sua história expansionista, os EUA já organizaram, financiaram e participaram de inúmeras guerras. A própria formação do país está manchada de sangue, com o extermínio de povos indígenas e a anexação de terras mexicanas. Para manter sua hegemonia no “quintal” latino-americano, os EUA também realizaram várias intervenções armadas em nações soberanas e bancaram golpes militares, ditaduras cruéis, atentados terroristas e assassinatos de líderes populares e nacionalistas. Já para ampliar a sua hegemonia planetária, lançaram as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, apoiaram genocídios na Ásia e na África, deram proteção a ditadores sanguinários e tornaram-se os recordistas mundiais no tráfico de armas.
“Tirando partido da tragédia”
A ação terrorista-imperialista dos EUA ainda será condenada pelo tribunal da história. O julgamento será ainda mais duro após a chegada de George W. Bush à presidência dos EUA, em janeiro de 2001. A maior potência do mundo é hoje dirigida por um homem que se considera “um enviado de Deus” e que mantém promiscuas relações com o poderoso “complexo militar-industrial”, que reúne fábricas de armamentos, corporações do petróleo e grandes bancos. Os suspeitos atentados de 11 de setembro serviram para retirar um desgastado Bush, eleito de forma fraudulenta, do seu isolamento e para justificar suas ações terroristas no Afeganistão e Iraque visando ampliar, numa escala sem precedentes, a hegemonia mundial dos EUA.
Segundo Richard Clark, assessor militar do Conselho de Segurança Nacional, os ataques foram utilizados para concluir o que Bush-pai deixara inconcluso. Tendo servido a quatro presidentes, Clark foi acionando quando dos episódios e lamenta. “Depois percebi com dor aguda, quase física, que estavam tentando tirar partido daquela tragédia nacional para promover a agenda deles no Iraque”. Paul O’Neill, ex-secretário do Tesouro, também registra em seu livro que o Iraque era uma obsessão de Bush antes dos atentados. Nas reuniões ministeriais, “ele era como um cego numa sala cheia de pessoas surdas”. A ocupação terrorista inclusive já estava detalhada, com os mapas das áreas potenciais de exploração do petróleo iraquiano.
A estratégia da Pax Americana
O plano para a expansão imperialista dos EUA, para a construção da chamada Pax Americana, já estava delineado desde o desmoronamento do bloco soviético. Com o fim da chamada “guerra fria” e da temida “ameaça comunista”, muitos iludidos apostaram em seus efeitos positivos com o fim da bilionária corrida armamentista – entre 1949/1991, os EUA gastaram US$ 7,1 trilhões na “defesa nacional”. Mas este nunca fora o projeto do poderoso “complexo militar-industrial” que domina a política ianque. Após a débâcle do bloco soviético, uma nova doutrina fascista emergiu deste grupo, a de estender o domínio anterior, num mundo bipolar, para a dominação completa do planeta, com a construção de uma potência unipolar.
Esta passou a ser a ambição das empresas que fizeram fortuna como fornecedoras de armas ao Pentágono durante a “guerra fria” e das corporações do petróleo, sequiosas pelas reservas do Oriente Médio. Nele estavam envolvidas empresas que ascenderam ao poder com a eleição de George H. W. Bush, o Bush-pai, como a Chevron, que batizou um petroleiro de 130 mil toneladas com o nome de Condoleezza Rice, ex-integrante do seu conselho de direção, e a Halliberton, que foi presidida pelo próprio Dick Cheney. Em 1992, na campanha por sua reeleição, este projeto já havia sido traçado pelos ideólogos ultradireitistas do Partido Republicano, os neocons, e pelos fanáticos religiosos que rodeavam a família Bush, os theocons.
Em março de 1992, o New York Times vazou um documento interno do Pentágono (DPG) que continha os detalhes desta estratégia para substituir a política da “guerra fria”. Ele já pregava a Pax Americana, com a existência de uma única superpotência mundial, com direito à ação unilateral, à guerra preventiva e ao uso de força, inclusive contra históricos aliados que se atravessem a reforçar seu poderio militar. Ele já tratava a região asiática – o Iraque, em especial – como estratégica neste projeto geopolítico. Mas seu vazamento gerou forte reação dos aliados e desgastou a imagem de Bush, contribuindo para as duas derrotas seguidas dos republicanos. O plano foi parcialmente “suavizado” durante os oito anos do “democrata” Bill Clinton.
“Identificar e destruir”
Em janeiro de 2001, porém, os neocons e os theocons finalmente retornaram ao poder, desta feita através da figura caricata de George W. Bush, o baby-Bush, o 43º presidente dos EUA. Estavam sendo criadas as condições para desarquivar a controvertida Orientação da Política de Defesa (DPG), elaborada em 1992 – depois atualizada, em 1997, com o nome de Projeto Novo Século Americano (PNAC), e que teve nova redação, em setembro de 2000, com o relatório Reconstruindo as Defesas da América (RAD). Como se observa, o projeto terrorista dos EUA, rebatizado de Estratégia de Segurança Nacional (NSS) e divulgado com pompa por baby-Bush em setembro de 2002, já estava pronto há quase uma década!
A versão original não deixava margem à dúvida sobre a agressividade imperialista. Já falava abertamente em promover “ações unilaterais”, sem qualquer consulta aos organismos internacionais, para promover os “valores americanos” da democracia liberal e do “livre mercado”. De forma grosseira, a DPG alegava que “sem a União Soviética, somos a única superpotência e o nosso objetivo número um deve ser o de manter as coisas assim”. Num outro ponto, esbravejava: “Não admitimos dividir nossa posição com ninguém”. O texto já antecipava a idéia das “guerras preventivas” e relativiza o conceito da soberania das nações.
Já o documento Estratégia de Segurança Nacional (NSS) só fez confirmar esta política belicosa. Nas suas 33 páginas, o texto escrito sob a direção de Condoleezza Rice era altamente agressivo. “Defenderemos os EUA, o povo americano e nossos interesses em casa e no exterior, identificando e destruindo as ameaças antes que elas cheguem às nossas fronteiras. Ao mesmo tempo em que os EUA tentarão recrutar o apoio da comunidade internacional, não hesitaremos em agir sozinhos, se necessário, para exercer nosso direito de autodefesa, agindo de maneira preventiva”. A NSS já previa a instalação de “bases americanas dentro e além da Europa Ocidental e do Nordeste Asiático” e o aumento do gasto militar anual de US$ 350 bilhões para mais de US$ 500 bilhões – fora os US$ 40 bilhões por ano para manter 150 mil soldados no Iraque.
Falso “combate ao terrorismo”
Lendo estes documentos, fica patente que os atentados de 11 de setembro serviram somente de pretexto para colocar em prática esta visão terrorista-imperialista. Sem as suspeitas ações comandadas por Osama bin Laden, por acaso um antigo aliado dos EUA na luta contra os soviéticos no Afeganistão, seria difícil emplacar nos EUA e na comunidade internacional um projeto tão belicista e belicoso. No passado, para justificar a histeria da “guerra fria”, a Doutrina Truman criou a imagem do “perigo comunista”. Agora, os atentados ajudaram a criar o clima do “perigo terrorista” e do “choque de civilizações”. O primeiro alvo desta estratégia imperial foi o Afeganistão, um país mais frágil e isolado no tabuleiro mundial.
Mesmo após o governo afegão, sob o controle dos antigos aliados do Talibã, ter proposto entregar Osama Bin Laden a um país neutro e ter concordado com seu julgamento, mas sob as leis islâmicas, os EUA iniciaram o covarde bombardeio ao país em 7 de outubro de 2001. Uma semana após o início dos ataques aéreos, a proposta de paz foi reiterada, mas a resposta de Bush foi reveladora: “Não há necessidade de se negociar. Não temos que discutir se ele [Bin Laden] é inocente ou culpado. Sabemos que é culpado”. Na verdade, a captura do suspeito terrorista não era a prioridade dos EUA, que poderiam tê-la conseguido por meios pacíficos. Sua extradição, reiterada pelo Talibã, faria desaparecer o real motivo da guerra!
700 mil mortos no Iraque
A invasão do Afeganistão fazia parte de um plano maior; visava criar o clima para a ocupação do Iraque e o domínio daquela região estratégica. As cruéis sanções impostas ao Iraque pelo Conselho de Segurança da ONU, que causaram a morte de meio milhão de crianças e de um milhão de adultos, segundo cálculos da própria Unicef, nunca sensibilizaram os falcões republicanos. Diferentemente da secretária de Estado Madeleine Albright, proponente das sanções durante o governo do “democrata” Bill Clinton, que declarou que a morte de meio milhão de crianças “foi um preço que valeu a pena”, os neocons e os theocons nunca se contentaram apenas com as sanções. Desde Bush-pai, sempre sonharam em ocupar militarmente o país.
O saldo do terrorismo de Estado dos EUA é que desde o início desta brutal guerra de ocupação, em março de 2003, já morreram cerca de 700 mil iraquianos e mais de 3 mil soldados ianques – além de milhares de “mercenários modernos” contratados pelo governo Bush e pelas corporações que hoje exploram o país. O custo desta empreitada insana e genocida, segundo estimativa recente de Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, já supera os US$ 2,2 trilhões – para a alegria do “complexo militar-industrial” dos EUA. Não é para menos que George W. Bush, chefão do terrorismo internacional, recebeu as maiores contribuições financeiras desta “indústria da morte” na campanha para a sua reeleição em 2004.
* Próximos artigos da série:
2- As mentiras do terrorista George W. Bush;
3- George W. Bush: uma fraude no poder;
4- Os negócios ilícitos da dinastia Bush;
5- George Bush e fanatismo religioso;
6- George Bush, o “grande ditador”;
7- Bush e a conspiração das “torres gêmeas”;
8- As derrotas e o isolamento de George Bush.
- Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro “Venezuela: originalidade e ousadia” (Editora Anita Garibaldi, 3ª edição).
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