Portugal se rebela contra acordo com FMI
07/05/2011
- Opinión
A Central Geral dos Trabalhadores de Portugal - Intersindical (CGTP-IN) convocou para 19 de maio duas manifestações contra o acordo recentemente assinado pelo governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu. Elas ocorrerão em Lisboa e no Porto e visam protestar contra o "pacote que engorda os bancos e arrocha o povo português".
"São medidas que levarão ao agravamento do desemprego e à redução nos direitos dos trabalhadores à saúde e ao ensino por conta de cortes orçamentários nestas áreas", explicou Manuel Carvalho da Silva, presidente da CGTP-IN. Há uma onda crescente de revolta contra a regressão neoliberal no país e a expectativa é que os protestos de 19 de maio sejam massivos.
Greve geral
Em novembro de 2010, os trabalhadores portugueses já realizaram uma greve geral contra os cortes que o governo impôs ao orçamento - numa prévia da submissão da economia ao FMI. Em março, também ocorreram manifestações com milhares de pessoas, que forçaram o parlamento a votar contra o pacote do governo. A rejeiçao causou a queda do primeiro-ministro, José Sócrates.
Num acordo entre os partidos da ordem, porém, José Sócrates foi mantido no cargo, num "governo interino", até a realização da eleição prevista para junho. Esse conchavo garantiu a assinatura do termo de submissão ao FMI. O acordo prevê um empréstimo "condicionado" de US$ 78 bilhões a Portugal em três anos. As parcelas serão liberadas à medida em que os cortes e as metas estabelecidas pelos banqueiros forem sendo cumpridas.
"Sujeição sem limites à banca mundial"
Como na Grécia e na Irlanda, a "ajuda" do FMI tem destino carimbado. Para usá-lo, o governo se comprometeu a cortar US$ 195 milhões na educação, a reduzir subsídios públicos para o desenvolvimento de empresas locais e a acelerar o seu programa de privatização (incluindo a entrega de aeroportos e da TAP e de empresas de energia tais como a Galp, EDP e REN, além dos Correios e das seguradoras estatais, especialmente a Caixa de Seguros).
Diante deste atentado à soberania nacional, a CGTP deciciu intensificar as lutas no próximo período. Como afirmou Manuel Carvalho durante o comício do 1º de Maio, os trabalhadores não aceitarão passivamente a colonização de Portugal; "a sujeição sem limites à banca mundial".
"São medidas que levarão ao agravamento do desemprego e à redução nos direitos dos trabalhadores à saúde e ao ensino por conta de cortes orçamentários nestas áreas", explicou Manuel Carvalho da Silva, presidente da CGTP-IN. Há uma onda crescente de revolta contra a regressão neoliberal no país e a expectativa é que os protestos de 19 de maio sejam massivos.
Greve geral
Em novembro de 2010, os trabalhadores portugueses já realizaram uma greve geral contra os cortes que o governo impôs ao orçamento - numa prévia da submissão da economia ao FMI. Em março, também ocorreram manifestações com milhares de pessoas, que forçaram o parlamento a votar contra o pacote do governo. A rejeiçao causou a queda do primeiro-ministro, José Sócrates.
Num acordo entre os partidos da ordem, porém, José Sócrates foi mantido no cargo, num "governo interino", até a realização da eleição prevista para junho. Esse conchavo garantiu a assinatura do termo de submissão ao FMI. O acordo prevê um empréstimo "condicionado" de US$ 78 bilhões a Portugal em três anos. As parcelas serão liberadas à medida em que os cortes e as metas estabelecidas pelos banqueiros forem sendo cumpridas.
"Sujeição sem limites à banca mundial"
Como na Grécia e na Irlanda, a "ajuda" do FMI tem destino carimbado. Para usá-lo, o governo se comprometeu a cortar US$ 195 milhões na educação, a reduzir subsídios públicos para o desenvolvimento de empresas locais e a acelerar o seu programa de privatização (incluindo a entrega de aeroportos e da TAP e de empresas de energia tais como a Galp, EDP e REN, além dos Correios e das seguradoras estatais, especialmente a Caixa de Seguros).
Diante deste atentado à soberania nacional, a CGTP deciciu intensificar as lutas no próximo período. Como afirmou Manuel Carvalho durante o comício do 1º de Maio, os trabalhadores não aceitarão passivamente a colonização de Portugal; "a sujeição sem limites à banca mundial".
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