Por que a FAO e o BERD promovem uma agricultura que destrói a agricultura camponesa?

16/09/2012
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Indignação e medo foi o que nos provocou o artigo com assinatura de José Graziano da Silva, Diretor Geral da FAO, e Suma Chakrabarti, Presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, publicado no dia 6 de setembro pelo jornal Wall Street.1 Na publicação ambas as autoridades convocam aos governos e à sociedade a trabalhar junto com o setor privado considerado motor e líder da alimentação mundial. Ainda que se refiram especificamente a Europa Oriental e Norte de África, também fazem um chamado a que os investimentos e a concentração (acaparamento) de terras se generalizem em todo mundo.
 
Como justificativa, qualificam o setor privado como eficiente, dinâmico e o chamam a duplicar seus investimentos em compra de terras, enquanto tratam ao setor camponês e as poucas políticas de proteção da agricultura que ainda existem como um fardo, um peso que não permite avançar o desenvolvimento agrícola e que deve ser eliminado. Para isso, chamam aos governos a facilitar os grandes negócios privados na agricultura. Isto dentro do marco de uma convocação a qual o Diretor da FAO José Graziano da Silva qualificou como a maior e mais importante reunião de empresas e representantes do agronegócio com representantes de instituições públicas e internacionais, incluída a FAO, realizada na Turquia no dia 13 de setembro recém passado.
 
Os senhores Graziano da Silva e Chakrabarti fazem no referido artigo uma série de afirmações tendenciosas e que ocultam a real situação da agricultura e da alimentação. Apresentando a Rússia, Ucrânia e Kasaquistão como exemplos do éxito do agronegócio o que tem permitido que estes países passem de ser “as terras abandonadas dos anos 90%2
https://www.alainet.org/en/node/161048?language=en
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