Entre os dias 22 e 26 de junho se realizará, na cidade de Maricá (RJ), o Festival Internacional da Utopia, fruto da parceria da Prefeitura Municipal com movimentos populares do Brasil e de todo mundo. A cidade se transformará, durante estes dias, no centro internacional de debates, reflexões e cultura para pensar um novo mundo, não-capitalista, que ainda parece utópico, mas é mais do que necessário.

O município, sob a liderança do carismático prefeito Washington Quaquá, vem aplicando diversas políticas públicas revolucionárias a favor de sua população, que já tiveram reconhecimento nacional e internacional. É a primeira cidade a aplicar a tarifa zero no transporte público. Criou um programa de bolsa família próprio, com uma “moeda” local, que obriga os beneficiários a gastarem o benefício do crédito somente em estabelecimentos comerciais do município, incentivando a economia solidária. Construiu um enorme conjunto residencial para mais de 5 mil famílias e teve a coragem de homenagear ninguém menos do que Carlos Marighella. E está em construção um enorme hospital municipal, que já leva o nome de Hospital Doutor Ernesto Che Guevara.

Apesar do deboche do prefeito do Rio de Janeiro, em conversas gravadas com Lula, de que a classe média pobretona do Rio se conforma em ter sítio em Maricá, fazendo alusão ao sítio de pobre do ex-presidente, figuras ilustres do povo brasileiro tiveram casa de descanso no município, como nossos queridos Darcy Ribeiro e João Saldanha. Por sinal, o sitio de Darcy Ribeiro será transformado numa escola de agroecologia para a juventude que ainda se dedica à agricultura.

É nesse ambiente, com tantas ideias de esquerda para resolver os problemas do povo, que Maricá recebe pensadores e líderes de todo mundo, desde Aleida Guevara, Tariq Ali, Domenico de Masi, Angela Davis, Madres de la Plaza de Mayo, da Argentina, Vandana Shiva, da India, Danny Glover, dos EUA, entre outros. Todos eles acompanhados por debatedores brasileiros.

O acampamento da juventude, com a participação de delegações de mais de 50 países, homenageia a luta das mulheres de Kobane; e o fundador do Teatro do Oprimido, Augusto Boal, será homenageado pelo Festival Internacional do Teatro Político, com grupos de todos os continentes.

Durante todas as noites, o Festival Latinoamericano de Música comprometida, em memória ao cantor chileno assassinado pela ditadura militar Victor Jara, conta com a participação de músicos e cantores de expressão internacional e diversos artistas brasileiros. Haverá também outras performances setoriais como uma maratona juvenil para estimular a prática de esportes e palestras e debates sobre educação.

Para completar, durante o dia, duas feiras permanentes: a do livro, com a presença de mais de 20 editoras, e a feira de produtos orgânicos originários dos assentamentos de reforma agrária, com muitos pratos típicos da culinária popular brasileira.

Em tempos de crise econômica, política, social e ambiental, dominados pelo capital financeiro e por corporações transnacionais que dominam os povos, aonde a esperança esmorece e parecem faltar rumos, é mais do que urgente e necessário que nos encontremos para a reflexão e para alimentar a mística da mudança.

A população de Maricá terá o privilégio de poder participar diretamente de todas essas atividades, e as redes sociais alternativas darão ampla cobertura aos eventos, além da transmissão em diversos canais de televisão comprometidos com o povo. Apenas a Globo, golpista e reacionária, não será bem-vinda.

Esperamos que milhares de militantes sociais, juventude, não só do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil, possam chegar a Maricá! A cidade fica a uma hora da capital, com várias alternativas de transporte e possui uma boa rede de pousadas populares. E o Festival garantirá alimentação sadia e barata.

Vamos à luta, com ideias e utopias!

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