A explosão de revolta na Suécia
22/05/2013
- Opinión
A crise econômica mundial vitima até países considerados paraísos capitalistas. É o caso da Suécia, uma das vitrines do chamado "estado de bem-estar social". Desde domingo (19), quando a polícia assassinou um imigrante de 70 anos na periferia de Estocolmo, uma onda de protestos agita as ruas da capital. A violência, cometida no bairro de Husby, onde 85% dos moradores são imigrantes ou filhos de estrangeiros, detonou uma explosão de revolta contra o desemprego e a regressão social. Mais de 100 carros já foram incendiados e delegacias de polícia foram incendiadas.
Apesar de ainda ostentar um dos melhores índices de desenvolvimento humano do velho continente, a Suécia não ficou imune aos efeitos da crise capitalista. Nos últimos anos, os governos promoveram vários cortes de benefícios sociais, submetendo-se às chantagens do capital financeiro. Os principais afetados por esta política regressiva e destrutiva são os imigrantes que vivem no país. O desemprego é de apenas 6% no computo geral, mas salta para 16% entre os estrangeiros.
Diante da explosão de revolta, o primeiro-ministro do país, Fredrik Reinfeldt, liberal democrata, disse que a Suécia não se deixará intimidar por "desordeiros" e que os suecos não serão intimidados pela violência. "A Suécia é um país que recebe grandes grupos de imigrantes, e existe naturalmente um período de transição entre diferentes culturas... Mas é importante lembrar que queimar carros não é um exemplo de liberdade de expressão e sim de vandalismo".
A retórica contra os imigrantes tem insuflado os grupos neonazistas. O partido de direita Democratas Suecos prega maior repressão aos estrangeiros e a retirada dos seus direitos. "Nunca antes foi gasto tanto dinheiro nos bairros de maioria imigrante como hoje", rosna Jimmie Aakesson, líder da sigla de inspiração nazista. Com o agravamento da crise econômica na Europa, a extrema-direita prega o ódio contra os imigrantes e passa a ter maior influência política com seu discurso demagógico e racista. A Europa vai se transformando, rapidamente, num "estado de mal-estar social" e de violência.
Apesar de ainda ostentar um dos melhores índices de desenvolvimento humano do velho continente, a Suécia não ficou imune aos efeitos da crise capitalista. Nos últimos anos, os governos promoveram vários cortes de benefícios sociais, submetendo-se às chantagens do capital financeiro. Os principais afetados por esta política regressiva e destrutiva são os imigrantes que vivem no país. O desemprego é de apenas 6% no computo geral, mas salta para 16% entre os estrangeiros.
Diante da explosão de revolta, o primeiro-ministro do país, Fredrik Reinfeldt, liberal democrata, disse que a Suécia não se deixará intimidar por "desordeiros" e que os suecos não serão intimidados pela violência. "A Suécia é um país que recebe grandes grupos de imigrantes, e existe naturalmente um período de transição entre diferentes culturas... Mas é importante lembrar que queimar carros não é um exemplo de liberdade de expressão e sim de vandalismo".
A retórica contra os imigrantes tem insuflado os grupos neonazistas. O partido de direita Democratas Suecos prega maior repressão aos estrangeiros e a retirada dos seus direitos. "Nunca antes foi gasto tanto dinheiro nos bairros de maioria imigrante como hoje", rosna Jimmie Aakesson, líder da sigla de inspiração nazista. Com o agravamento da crise econômica na Europa, a extrema-direita prega o ódio contra os imigrantes e passa a ter maior influência política com seu discurso demagógico e racista. A Europa vai se transformando, rapidamente, num "estado de mal-estar social" e de violência.
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