Levarão debate para Dia das Mulheres
Movimentos querem diálogo com juristas sobre plebiscito da reforma política
18/11/2013
- Opinión
Alfredo (à frente) e Júlio Turra (secretário Executivo da CUT, ao centro) durante plenária (Foto: Augusto Coelho)
Após lançar na última sexta-feira (15), em Brasília, a campanha para a convocação de uma Constituinte exclusiva voltada à reforma do sistema político brasileiro, os movimentos sociais promoveram no sábado uma plenária para discutir a divulgação do plebiscito popular.
A consulta à população acontecerá entre os dias 1º e 7 de setembro de 2014 e trará uma única pergunta: “você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”.
Para o secretário de Juventude da CUT, Alfredo Santos Júnior, os dois dias de encontro mostraram que os movimentos sociais estão unidos para lutar pela ampliação da participação política e da democracia no país.
“O balanço é de bastante unidade da esquerda e a expectativa é que esse plebiscito seja tão grande quanto o da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), que colheu mais de 10 milhões de votos em todo o Brasil e derrotou o tratado”, lembra.
Juristas, mulheres e cursos de formação – Representante da Consulta Popular, Ricardo Gebrim, apontou a importância de dialogar com representantes do Poder Judiciário e disse que os movimentos sociais começaram a conversar com a Associação de Juízes pela Democracia para que se incorporem à campanha.
Ele apresentou também detalhes do Curso de Formação de Formadores, que acontecerá em São Paulo, entre os dias 6 e 8 de dezembro. “A partir desse passo teremos o curso nos estados para lançar o desafio de conseguir ao menos mil militantes. Vamos discutir desde o sistema político brasileiro até o que é a Constituinte exclusiva e soberana e como diversos segmentos de nossas sociedade estão subrepresentados”, disse.
Coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, Sônia Coelho, afirmou a necessidade de haver um material próprio para elas e disse que o tema será pauta do próximo Dia Internacional das Mulheres. “Esse tema de reforma política não é novo para nós e faz parte da nossa luta pela paridade. Por isso é importante que movimentos de mulheres se insiram para colocar nossos conteúdos e perspectivas. O plebiscito, inclusive, fará parte do 8 de março, por conta da visibilidade.”
A consulta à população acontecerá entre os dias 1º e 7 de setembro de 2014 e trará uma única pergunta: “você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”.
Para o secretário de Juventude da CUT, Alfredo Santos Júnior, os dois dias de encontro mostraram que os movimentos sociais estão unidos para lutar pela ampliação da participação política e da democracia no país.
“O balanço é de bastante unidade da esquerda e a expectativa é que esse plebiscito seja tão grande quanto o da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), que colheu mais de 10 milhões de votos em todo o Brasil e derrotou o tratado”, lembra.
Juristas, mulheres e cursos de formação – Representante da Consulta Popular, Ricardo Gebrim, apontou a importância de dialogar com representantes do Poder Judiciário e disse que os movimentos sociais começaram a conversar com a Associação de Juízes pela Democracia para que se incorporem à campanha.
Ele apresentou também detalhes do Curso de Formação de Formadores, que acontecerá em São Paulo, entre os dias 6 e 8 de dezembro. “A partir desse passo teremos o curso nos estados para lançar o desafio de conseguir ao menos mil militantes. Vamos discutir desde o sistema político brasileiro até o que é a Constituinte exclusiva e soberana e como diversos segmentos de nossas sociedade estão subrepresentados”, disse.
Coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, Sônia Coelho, afirmou a necessidade de haver um material próprio para elas e disse que o tema será pauta do próximo Dia Internacional das Mulheres. “Esse tema de reforma política não é novo para nós e faz parte da nossa luta pela paridade. Por isso é importante que movimentos de mulheres se insiram para colocar nossos conteúdos e perspectivas. O plebiscito, inclusive, fará parte do 8 de março, por conta da visibilidade.”
Próximo passo para movimentos sociais é promover cursos de formação de abrangência nacional e nos estados (Foto: Augusto Coelho)
O papel da CUT nos estados –Alfredo comentou ainda que a Central orientará as entidades a participarem ativamente da campanha. “Temos uma experiência em plebiscitos populares e iremos reproduzir. Já estamos lançando convocatórias e teremos direção nacional com participação dos estados no começo do próximo mês, quando faremos a divulgação massiva.”
Para o dirigente, parte importante desse processo será a reprodução da cartilha elaborada pela Plenária dos Movimentos Sociais e produzida pela CUT. “Além dessas 20 mil cartilhas que imprimimos agora, queremos que as entidades também reproduzam, porque traz um conteúdo sobre o que queremos com a reforma política. Também é importante sairmos com convocatórios para plebiscito a partir dos comitês estaduais e a CUT orientará que tanto estaduais, quanto confederações, federações e sindicatos se incorporem ao plebiscito”, apontou.
Diálogo com a juventude e lançamento no Congresso – Vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Mitã Chalfun, disse que a organização irá integrar os centros acadêmicos à campanha e levará o tema a um dos principais fóruns de deliberação do movimento estudantil, o Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg).
Secretário nacional de Movimentos Populares do PT, o deputado federal Renato Simões disse que o partido formalizará o apoio ao plebiscito e que deve costurar o lançamento da cartiha também na Câmara e Senado.
Alguns estados também já divulgaram a criação de comitês estaduais da campanha, em novembro. São eles Santa Catarina (19), Minas Gerais (23), Rio de Janeiro (23), Pernambuco (27), Bahia (28), São Paulo (30), Paraíba (30) e Mato Grosso, no dia 17 de dezembro.
Ao final, A plenária ainda divulgou um manifesto que será utilizado na convocatória.
18/11/2013
https://www.alainet.org/en/node/80973
Del mismo autor
- Plano da Frente Brasil Popular coloca democracia no centro do debate 30/05/2017
- Democracia desmancha e ilegítimos destroem futuro do país 14/12/2016
- Unidade não é opção, é obrigação 08/11/2016
- Após um ano, Ponte para o Futuro já pavimenta retrocesso 01/11/2016
- Trabalhadores das Américas reforçam unidade pela democracia 27/04/2016
- Golpistas trocaram os canhões pela imprensa 14/10/2015
- Quando a direita dá golpe, quem paga é o trabalhador 06/08/2015
- “Nós vamos entrar em um período de turbulência política” 02/04/2015
- Movimentos cobram ações práticas do Fórum Social Mundial 30/03/2015
- Não defendemos golpe, muito menos retirada de direitos 05/03/2015