As chances de Dilma ganhar em primeiro turno
02/10/2014
- Opinión
Se as pesquisas Ibope e Datafolha estiverem certas, o que inclui alguma segurança sobre suas margens de erro, e se os receios da campanha de Marina tiverem fundamento, esta eleição pode sim ser decidida em primeiro turno.
Marina está com problemas escabrosos nesta reta final, desde os mais complexos até os mais elementares.
Sua campanha vive um anticlímax. Do programa que muda de ideia o tempo todo às alianças que dão cheiro de naftalina à sua "nova" política; da vitimização e coitadismo, numa hora, ao discurso raivoso - como o de um corvo lacerdista, em outros momentos; enfim, sua bipolaridade política e a sucessão de erros e incoerências, em todos os flancos, arriscaram não apenas sua segunda posição, mas a chance de segundo turno.
Marina não apenas perdeu votos que havia tirado de Aécio, mas dá sinais de que agora os perde para Dilma. A questão do pré-sal foi um desses flancos onde Dilma fez um estrago em sua candidatura. Na questão trabalhista e da homofobia, idem Marina também tem à sua volta problemas banais.
Sua campanha só se lembrou, tardiamente, do fato de que boa parte de seus eleitores não foi devidamente informada de seu número.
Marina está com problemas escabrosos nesta reta final, desde os mais complexos até os mais elementares.
Sua campanha vive um anticlímax. Do programa que muda de ideia o tempo todo às alianças que dão cheiro de naftalina à sua "nova" política; da vitimização e coitadismo, numa hora, ao discurso raivoso - como o de um corvo lacerdista, em outros momentos; enfim, sua bipolaridade política e a sucessão de erros e incoerências, em todos os flancos, arriscaram não apenas sua segunda posição, mas a chance de segundo turno.
Marina não apenas perdeu votos que havia tirado de Aécio, mas dá sinais de que agora os perde para Dilma. A questão do pré-sal foi um desses flancos onde Dilma fez um estrago em sua candidatura. Na questão trabalhista e da homofobia, idem Marina também tem à sua volta problemas banais.
Sua campanha só se lembrou, tardiamente, do fato de que boa parte de seus eleitores não foi devidamente informada de seu número.
Ontem, às pressas, seu programa de tevê fez uma inserção lembrando desse detalhe que pode fazer toda diferença. No debate entre os presidenciáveis, ela improvisou de última hora um número abotoado ao vestido. Com isso, a candidata do PSB tanto pode ser ultrapassada por Aécio como pode ter uma quebra de votos suficiente para comprometer a chance de segundo turno.
Outro fator relevante a ser levado em conta é a tradicional força da militância do PT na boca de urna. A campanha de corpo a corpo no dia da eleição, sempre foi um ponto forte do partido de Dilma.
Neste ano, também será decisiva a boca pelas redes sociais, onde o volume de campanha de Dilma tende a ser maior.
O Datafolha e o Ibope dão, ambos, Dilma com 40% das intenções de voto e Marina com 24%. A margem de erro dos institutos é, acredite se quiser, de 2% - para mais ou para menos.
A única diferença é na aferição das intenções de Aécio, em 21%, no Datafolha,, no Ibope.
De todo modo, qualquer oscilação dentro da margem de erro pode encerrar a disputa em um único turno.
Por fim, não se deve subestimar um tipo de voto útil do eleitor que, indeciso ou avesso a todos os candidatos, pode votar em Dilma para encerrar o assunto, de uma vez só.
Veremos no dia 5.
Outro fator relevante a ser levado em conta é a tradicional força da militância do PT na boca de urna. A campanha de corpo a corpo no dia da eleição, sempre foi um ponto forte do partido de Dilma.
Neste ano, também será decisiva a boca pelas redes sociais, onde o volume de campanha de Dilma tende a ser maior.
O Datafolha e o Ibope dão, ambos, Dilma com 40% das intenções de voto e Marina com 24%. A margem de erro dos institutos é, acredite se quiser, de 2% - para mais ou para menos.
A única diferença é na aferição das intenções de Aécio, em 21%, no Datafolha,, no Ibope.
De todo modo, qualquer oscilação dentro da margem de erro pode encerrar a disputa em um único turno.
Por fim, não se deve subestimar um tipo de voto útil do eleitor que, indeciso ou avesso a todos os candidatos, pode votar em Dilma para encerrar o assunto, de uma vez só.
Veremos no dia 5.
- Antonio Lassance é cientista político.
03/10/2014
https://www.alainet.org/es/node/103895
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