Os incomodados que mudem o mundo
08/08/2004
- Opinión
Este artigo tem por objetivo discutir as experiências de
voluntariado que vêm sendo desenvolvidas nas escolas brasileiras
de nível básico, em especial aquelas que visam criar um espaço
democrático de participação e convivência entre a escola -
direção, coordenação, professores, pais, alunos e funcionários
e a comunidade local.
Inicialmente se pretende apresentar os referenciais teóricos e
práticos que embasam as propostas, formuladas pelo Faça Parte
Instituto Brasil Voluntário, de apoio às escolas , em parceria
com o Ministério da Educação (MEC), o Conselho Nacional de
Secretários da Educação (Consed), a União Nacional de Dirigentes
Municipais de Educação (Undime) e a Unesco. Para discutir o tema
voluntariado educativo, partiremos do modo como ele é
desenvolvido pelas escolas que, ao utilizarem o trabalho
voluntário como estratégia para articular o conteúdo escolar às
práticas sociais e alavancar a participação efetiva das famílias
em atividades escolares, vêm percebendo certa melhora na
qualidade da aprendizagem dos alunos.
Por fim, apresentaremos algumas dicas de gestão de voluntariado
na escola, abrangendo o projeto pedagógico, a mobilização e os
resultados obtidos pelas escolas do Estado de São Paulo.
A escola como reflexo da sociedade em que vivemos
A escola cada vez mais é palco de discussões no mundo
contemporâneo. E, ao que tudo indica, já nos acostumamos aos
comentários daqueles que insistem em fazer comparações entre a
escola pública de antigamente e a de hoje.
Lamenta-se suas deficiências, a ausência de qualidade do ensino,
as dificuldades de aprendizagem dos alunos, a falta de valores
que manifestam, a violência intramuros, a ausência das famílias
mas pouco as comunidades fazem para superar esse quadro,
esquecendo-se de que a escola é apenas e tão-somente o reflexo
da sociedade em que vivemos.
A Constituição Federal de 1989 avançou no sentido de prover
mecanismos que pudessem garantir a educação fundamental como um
direito de todos, um dever do Estado e da família, a ser
promovido e incentivado pela sociedade. É também nesse período
que a sociedade brasileira passa a reconhecer este anseio da
população, e suas elites empresariais começam a perceber que,
para alavancar o desenvolvimento econômico do país, faz-se
necessário colocar, de fato, a educação escolar entre as
prioridades nacionais.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (Lei
Federal 9394/96 - LDB) reafirma os princípios da Constituição,
reconhece que a educação é um ato complexo que envolve toda a
sociedade e acrescenta que ela deve ser inspirada nos princípios
de liberdade e nos ideais de solidariedade. Além disso, define
que a educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
aluno, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho (art. 2º).
Essa lei reflete um consenso possível entre aqueles que foram
nossos representantes eleitos e os representantes da sociedade,
principalmente os educadores, que participaram das discussões
para a elaboração de nossa carta educacional. Mas o que
significa uma lei se a sociedade desconhece que sua participação
é condição essencial para efetivá-la?
Os educadores reconhecem que essa lei que aprova a Carta Magna
da Educação Escolar apresenta avanços mas o que significa esse
avanço? Na verdade, as camadas mais populares ainda desconhecem
seus direitos, e nem sempre sabem que sua participação é
condição essencial para fazer valer a lei e melhorar a qualidade
do ensino oferecido.
Aos poucos a população começa a se conscientizar de que é
preciso lutar por um desenvolvimento mais justo e democrático,
que faça diminuir as diferenças sociais existentes, priorizando
a educação escolar e abrindo espaço para que cada vez mais
pessoas possam exercer a cidadania plena.
A educação como meio de promoção social
A educação é o principal instrumento de promoção da cidadania, e
a escola é este lócus, onde todos podem ter acesso aos
conhecimentos universais e básicos que lhes permitam atuar em um
mundo cada dia mais avançado científica e tecnologicamente.
Na convicção de que uma sociedade que se pretende democrática e
justa valoriza a educação escolar e colabora para que um ensino
de melhor qualidade possa ser oferecido, o Faça Parte
Instituto Brasil Voluntário decidiu fazer a sua parteCom base em
estudos e nas vivências de contexto tanto nacionais como
internacionais , o Faça Parte aos poucos consolidou uma
proposta destinada a estimular o voluntariado educativo nas
escolas, como estratégia de valorização da escola e de seus
profissionais.
Neste artigo pretendemos destacar as duas formas mais freqüentes
de voluntariado que podem ocorrer no âmbito escolar.
Identificamos um voluntariado que acontece ³de fora para dentro²
da escola, em que os voluntários da comunidade e de outras
instituições locais como as igrejas, as associações de bairro
e outras organizações sociais participam das atividades
escolares, doando tempo, trabalho e talento para a comunidade
escolar. Esse tipo de voluntariado tem sido bastante estimulado
por propostas como o Programa Amigos da Escola da Rede Globo, e
também por projetos oficiais das secretarias de educação, que
promovem a abertura das escolas públicas para a comunidade, como
o Programa Escola da Família.
O objetivo do Programa Escola da Família é estimular uma
política pública que fomente o uso socioeducativo do espaço
escolar para a comunidade, visando fortalecer o vínculo entre
escola e comunidade por meio de atividades que promovam a
cultura de paz e contribuam para a redução dos índices de
violência.
Um outro tipo de voluntariado que podemos identificar é o
educativo, que acontece de ³dentro para fora² da escola e que
constitui o fulcro da proposta do Faça Parte. Seu objetivo é
estimular professores e alunos a realizarem um processo de
ensino e de aprendizagem contextualizado, articulando
conhecimentos escolares e práticas sociais, por meio de projetos
de voluntariado que possam auxiliar o desenvolvimento dos
saberes escolares através do envolvimento de alunos em ações
solidárias, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da
comunidade em que a escola está inserida.
O voluntariado em outros países
Pesquisar sobre as experiências de voluntariado em países como
Itália, Espanha, Canadá, Estados Unidos, Peru e Argentina foi
fundamental para o amadurecimento do programa do Faça Parte.
Algumas reflexões e propostas que seguem são fruto de um rico
intercâmbio de idéias e de construção de consensos entre
dirigentes de organizações vinculadas ao voluntariado juvenil, a
partir do seminário organizado pelo ICP e pelo BID Juventude.
Tais propostas passaram a constituir um plano que deverá servir
de base para organizar as futuras ações desses países.
Importante destacar que no Brasil, assim como na Itália, o termo
que vem sendo utilizado para definir a aplicação do voluntariado
como ferramenta de educação é ³voluntariado educativo². Em
outros países, tal como nos Estados Unidos, Canadá e Argentina,
o conceito adotado é o da aprendizagem em serviço, do termo em
inglês ³service learning². Os participantes desse seminário
reconheceram que nem sempre esses termos têm a mesma conotação
entre os países, mas percebem a importância de que é preciso
estabelecer alguns consensos entre as organizações
participantes, dos quais destacamos os que seguem:
… a visão de que os jovens são protagonistas das ações e não os
destinatários, e que portanto devem ser valorizados como atores
de hoje, e não somente como promessa para o futuro;
… independentemente da idade ou da condição socioeconômica,
todos podem realizar ações construtivas na sociedade;
… o voluntariado educativo pode ser visto como forma de
participação democrática e transformadora da realidade, capaz de
superar o ativismo meramente assistencialista ou compensatório;
… uma visão das políticas de juventude protagonizadas não
somente pelo Estado, mas pelo conjunto de atores institucionais,
sociais e governamentais, devendo ser orientadas não a setores e
grupos, mas aos diferentes grupos de jovens de nossa sociedade.
Os participantes do Seminário Latino-Americano e do Caribe,
reunidos na Argentina em meados de abril de 2004, reconheceram
os benefícios do voluntariado para o desenvolvimento da
personalidade dos jovens, assinalando que ³o voluntariado é
simultaneamente uma etapa de passagem e uma etapa de
fundamentação para os projetos de vida².
Pesquisas desenvolvidas nesses países indicam que as pessoas que
desenvolveram ações solidárias ou de voluntariado na juventude
tendem a manter ao longo da vida níveis de compromisso social e
participação política superiores aos de quem não passou por esse
tipo de experiência. De uma forma geral, as discussões no
Seminário Latino-Americano indicam que:
… os jovens são aqueles que melhor podem chegar a seus pares, no
sentido de encontrar respostas positivas para compartilhar
linguagens e atitudes e de contribuir para a prevenção da adoção
de condutas de risco. A atitude positiva é o melhor instrumento
para a prevenção e superação dessa problemática;
… participar de iniciativas de voluntariado permite aos jovens
desenvolver atividades que incidam em seu contexto, fortalecer
sua auto-estima, estar em contato com seus pares e com adultos
que oferecem modelos de referência positivos;
… o voluntariado educativo é uma ferramenta-chave para
consolidar a participação política e democrática ainda
incipiente em países latino-americanos.
Assim, pode-se dizer que é importante reconhecer a necessidade
de fortalecer todas as formas de voluntariado escolar,
principalmente as que expressam a cultura popular e a vida
cotidiana das escolas, da comunidade e dos jovens cujas
condições de vida oferecem maior índice de vulnerabilidade.
A percepção da população sobre sua impotência para promover
mudanças que tornem a sociedade mais justa e democrática pode
ser revertida a partir da abertura de espaços para que os jovens
exerçam atividades quer planejadas por eles ou orientadas por
educadores que possam modificar positivamente a realidade. O
voluntariado pode ser a melhor vacina contra o círculo de
dependência, imobilismo e passividade política da população
contra as injustiças sociais.
A solidariedade e o voluntariado nas escolas paulistas
perspectivas e casos
A exemplo do que ocorre em muitos países, cada vez mais
professores e gestores da educação descobrem no voluntariado
educativo uma motivação para a melhora do processo de ensino e
de aprendizagem. Ele complementa o trabalho do professor em sala
de aula com elementos que enriquecem o tratamento de temas
transversais e o uso da metodologia de projetos. A preocupação
fundamental do voluntariado educativo não é centrada no serviço
a ser prestado pelo aluno, mas sim na formação desse jovem,
tanto pelo desempenho de sua atividade voluntária quanto pelo
desenvolvimento articulado dos saberes escolares.
Ao aderir a essa idéia, a escola formula seus próprios projetos,
introduzindo os conceitos e a prática do voluntariado educativo
em sua proposta pedagógica. Sem desvirtuar as funções essenciais
de formação e construção do conhecimento, o voluntariado
educativo exerce na escola uma função catalisadora e
estimuladora do exercício da cidadania, preparando o aluno para
a participação social e política. O conhecimento escolar passa a
ser valorizado pelo estudante e pela comunidade, reforçando o
papel primordial da escola.
É preciso estimular cada vez mais o crescimento do voluntariado
entre os jovens no Brasil. É preciso criar canais para receber
toda essa energia transformadora da juventude, com todo o seu
idealismo e vontade de mudar o mundo.
O jovem precisa ser preparado para ter uma visão sociopolítica.
Para tanto, é fundamental despertá-lo para suas
responsabilidades sociais. As atividades ou projetos de
voluntariado realizados pelos alunos sob orientação da escola
permitem que eles sejam agentes de transformação da realidade,
contribuindo para o despertar de suas habilidades
empreendedoras.
Seguramente, essa mobilização só ocorre quando se faz presente a
liderança eficaz da direção e dos professores da escola,
principalmente quando ela conta com o apoio e o incentivo da
comunidade local. Sendo assim, o espaço da escola deve ser
sempre educativo, razão pela qual podemos entender que o
voluntariado exercido de fora para dentro dos muros da escola
também deve ser educativo. Esse tipo de voluntariado tem
ocorrido nas escolas por meio de parcerias ou da prestação de
serviços voluntários pela família dos alunos, representantes da
comunidade e de organizações sociais. Um exemplo bem sucedido
desse tipo de voluntariado pode ser constatado a partir da
implementação pela própria Secretaria de Educação do Programa
Escola da Família, cujos objetivos já foram abordados no início
deste artigo.
Portanto, diferentes objetivos embasam as ações de diferentes
atores junto às escolas, e qualquer organização ou pessoa que
deseje atuar voluntariamente nas escolas precisa conhecer o seu
funcionamento e as suas necessidades para que a colaboração seja
bem recebida pela comunidade escolar.
Neste sentido, nenhuma ação deve ocorrer na escola sem o
conhecimento e a aprovação de seus atores internos. Para tanto,
porém, não basta a autorização explícita da direção da escola.
Esta é uma instituição constituída por diferentes atores, e
precisa de uma participação mais efetiva dos diferentes
segmentos da comunidade escolar. A Associação de Pais e Mestres
(APM), o Conselho de Escola (CE) e o Grêmio Escolar (GE)
constituem canais com potencial ainda pouco explorado para o
desenvolvimento de uma cultura participativa e de fortalecimento
dos vínculos entre a escola e a comunidade.
Somente com o fortalecimento dessas instituições e com a
democratização das relações internas da escola será possível que
políticas públicas de abertura da escola para a comunidade
possam se tornar projetos assumidos como parte da proposta
política pedagógica.
Dicas para a implementação e gestão do voluntariado educativo A
seguir, destacamos algumas dicas que, direta ou indiretamente,
foram citadas pelas escolas de São Paulo na inscrição do Selo
Escola Solidária 2003 e que podem facilitar a organização de uma
gestão escolar democrática e participativa:
… Regimento Escolar estabelece os princípios e diretrizes
básicas para a organização da gestão de uma escola democrática.
Cada escola estadual elabora seu próprio regimento. Ao conhecê-
lo, é possível saber como participar e melhorar, por exemplo, as
regras básicas de convivência entre a comunidade e a escola;
… Estatuto Padrão das Associações de Pais e Mestres (Decreto nº
48408 de 6 de janeiro de 2004) Organize a Diretoria Executiva
e mobilize a comunidade para participar das diretorias
(financeira, cultural, esportiva, social e patrimonial);
… Grêmio Estudantil cuja organização como entidade
representativa dos estudantes, com finalidades educacionais,
culturais, cívicas, desportivas e sociais, está prevista na Lei
Federal nº 7.398, de 1985;
_ Conselho de Escola também conhecido como colegiado, tem
caráter deliberativo e é formado por representantes do
estabelecimento de ensino, pais e alunos. Sua ação pode
constituir o principal canal de gestão democrática da escola.
Suas atribuições e constituição estão estabelecidas no Artigo 95
da Lei Complementar nº. 444/35.
Para implementar o voluntariado educativo, é importante ler com
atenção as seguintes normas:
_ trabalho voluntário (a Lei Federal 9.608/98 regulamenta o
trabalho voluntário) o voluntário deve assinar uma declaração
de que está ciente dessa lei;
_ Resolução 143, de 29-8-2002, que dispõe sobre a
implementação do Programa Estadual Jovem Voluntário - Escola
Solidária essa norma orienta as escolas para o reconhecimento
do voluntariado educativo no histórico escolar ou por meio de
certificações.
Mobilizar e compartilhar
Um projeto de mobilização na escola, para ser bem sucedido,
necessita da existência de um grupo de pessoas que partilhem de
um propósito comum.
Cada participante deve ter uma compreensão adequada de seu campo
de atuação. É preciso que haja clareza do que cada um pode e
quer fazer, bem como um clima de respeito e confiança entre as
pessoas do grupo.
As aprendizagens básicas de convivência como aprender a não
agredir o outro, a comunicar-se, a interagir, a decidir em
grupo, a cuidar-se, a cuidar do meio ambiente, a valorizar o
saber social - devem servir de diretrizes para a convivência do
grupo.
É preciso que as pessoas envolvidas tenham as informações
necessárias e se sintam seguras quanto ao reconhecimento e à
valorização, e tenham confiança de que o seu trabalho será
importante para o resultado do grupo.
As propostas precisam ser claras e realistas, devem respeitar os
limites de atuação possível, não ser explicitadas ou percebidas
como cobrança para que todos participem efetivamente da ação.
Para tanto é preciso destacar a importância do ³reconhecimento e
da comemoração² ao final de uma etapa bem sucedida.
Projetos de voluntariado e o Programa Escola da Família
Muitos são os projetos de voluntariado desenvolvidos nas escolas
de todo o Brasil. Por meio do Selo Escola Solidária 2003,
pudemos identificar mais de mil escolas solidárias em São Paulo
que vêm desenvolvendo ações nas mais diferentes áreas (saúde,
educação, meio ambiente, cidadania, cultura e esporte), para um
público bastante diversificado (crianças, idosos, comunidade
escolar, portadores de necessidades especiais, etc.), com muita
criatividade, boa vontade e dinamismo.
Por exemplo, na Escola Professora Didita Cardoso Alves, de
Carapicuíba, várias atividades vêm sendo postas em prática, como
palestras sobre reeducação alimentar e reaproveitamento de
alimentos, caminhadas pela paz e também vários cursos nos fins
de semana, entre os quais os de artesanato, capoeira, violão,
xadrez, ginástica para a terceira idade, basquete, vôlei, jazz,
axé e teatro.
A Escola Armando Sestini, de Caieiras, desenvolveu um projeto de
confecção de brinquedos populares, embasados no tema gerador
³folclore², manufaturados por alunos e professores e
distribuídos a um orfanato e uma creche da comunidade.
Já a ETE Rocha Mendes, de São Paulo, executa o projeto Viva
Melhor, desde o Ano Internacional do Voluntário (2001). O
projeto consiste em realizar diferentes oficinas, como as de
desenho e pintura, música e informática, voltadas para alunos
portadores de deficiências mentais e auditivas da Escola
República do Paraguay. A ETE tem por objetivo formar cidadãos
socialmente responsáveis, capazes de lidar com as diferenças e
de trabalhar pela inclusão social.
Em São Paulo, professores e alunos da Escola Professora Ruth
Cabral Troncarelli montaram no Grêmio Estudantil, em um lugar de
bastante destaque, um painel muito bonito e colorido, no qual
publicavam o nome de alunos com grande número de faltas, com o
intuito de reduzir o grave problema de evasão escolar na
comunidade. Graças à divulgação, os alunos assíduos, vendo os
nomes dos colegas afixados no mural, foram até a casa deles,
conversaram com a família e fizeram o convite para que
retornassem à escola. Como resultado dessa ação, em menos de
quinze dias mais de 80% dos alunos faltosos já haviam retornado
às atividades escolares.
O projeto da Escola Estadual Professora Josepha Cubas da Silva,
de Ourinhos, consiste em ministrar noções de informática para
pais de alunos desempregados ou que estão em busca de um
aprimoramento profissional. As aulas são dadas aos sábados, e os
participantes recebem um certificado ao final do curso.
A Escola Estadual Ascendino Reis, de São Paulo, em parceria com
o Hospital São Camilo, desenvolve o projeto Gotas Voluntárias,
centrado na doação de sangue. Alunos e professores participam de
grupos de discussão e fazem panfletagem em lugares públicos das
redondezas nas ruas, nas casas, em estabelecimentos
comerciais, nas estações de metrô. Em pouco mais de uma semana,
a escola conseguiu coletar 250 bolsas de sangue com a campanha.
São ações como estas e tantas outras que nos orgulham e nos
mostram como as escolas fazem a diferença ao trabalhar pela
construção de um mundo melhor para todos.
Referências bibliográficas
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VILLELA, Milú. ³Uma revolução silenciosa². Em Folha de S. Paulo,
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WERNECK, Nísea. Mobilização e voluntariado. Palestra Proferida
em São Paulo, 2003. .
Milú Villela é presidente do FAÇA PARTE - INSTITUTO BRASIL
VOLUNTARIO
https://www.alainet.org/es/node/110327
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