MST protesta pela anulação da venda da Vale

30/08/2006
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O 7 de Setembro de 1822 entrou para a história nacional como o Dia da Independência do Brasil. Apesar disso, os movimentos sociais do campo e da cidade entendem que o país ainda não se constituiu como uma nação livre e soberana, na qual o povo possa definir o seu destino. Por isso, para além dos desfiles oficiais e comemorações, milhares de pessoas vão sair às ruas pela 12ª vez para participar do Grito dos Excluídos. A coordenação do Grito dos Excluídos espera que o número de participantes supere 2005, quando mais de um milhão de pessoas se mobilizaram em defesa da participação popular nas decisões dos governos. A expectativa é que 1,5 milhão de pessoas em mais de 1500 localidades participem dos protestos por todo o país. Sob o lema “Brasil: na força da indignação, sementes da transformação”, a jornada tem como eixo o repúdio da sociedade à exclusão social, à política econômica vigente e à corrupção, além da defesa da democracia direta. Outra bandeira é a anulação da privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Em janeiro, a 5ª Turma do TRF (Tribunal Regional Federal) de Brasília decidiu que será revista na Justiça a privatizações da maior mineradora do mundo. O processo da venda vai ter de passar por uma perícia técnica. "A sociedade brasileira precisa de um projeto de desenvolvimento nacional, que deve estar sustentado numa nova política econômica, na distribuição de renda e na prioridade absoluta na geração de trabalho e renda. O Estado tem um papel fundamental. Por isso, precisamos reaver a Vale do Rio Doce, que tem um papel estratégico para o nosso desenvolvimento, e dar ao povo o que é do povo", afirma Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST. Além do MST, diversas entidades fazem parte da organização dos atos, como as pastorais sociais da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como a dos imigrantes, da terra e dos operários; os movimentos da Via Campesina, como MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), MAB (Movimentos dos Atingidos por Barragens); da CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
https://www.alainet.org/es/node/116821?language=en
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