A melhor defesa é o ataque
06/11/2006
- Opinión
Parreira por exemplo não pensa assim. Tratou de segurar o time e deu no que deu. Para VEJA, GLOBO e FOLHA DE SÃO PAULO, no entanto, a melhor defesa para sair da incômoda situação de mentiras durante todo o processo eleitoral é o ataque.
Liberdade de imprensa é o mote dessas organizações marrons.
Na cabeça dessa gente, que defende interesses específicos dos principais acionistas do Estado, liberdade de imprensa é o direito de mentir, transformar as eleições num espetáculo, num show, faturar em cima e continuar a manter o controle dos “negócios”.
Se reações acontecem, evidente, a “democracia está em risco”. Foi assim em 1964. Um bando de militares fascistas tomou o poder, derrubou um governo constitucional em nome da tal democracia, implantou um regime de terror e constituiu-se em instrumento de Washington para mudar o perfil da América Latina, sobretudo a do Sul.
E a turma se dizia, além de democrata, nacionalista.
Chegaram a criar a multinacional da tortura, a Operação Condor. Quem contestasse a democracia deles ia preso e arrebentado no melhor estilo do general/ditador João Figueiredo.
GLOBO serviu a esses senhores. Surgiu como parte e instrumento decisivo do golpe. FOLHA foi um dos jornais que pediu a derrubada de Goulart.
Quando se voltou, FOLHA DE SÃO PAULO, para a luta pela redemocratização, o fez movida por interesses empresariais. Era um jornal de porte regional, estadual e queria virar jornal nacional (epa).
VEJA nasceu prostituta.
É preciso discutir a mídia entre nós, sobretudo agora, com a mentirada durante o processo eleitoral. Rádios, tevês, jornais ou partidos políticos dos donos?
É preciso rever esse amontoado de concessões de canais de rádio e tevê feito a deputados, senadores, em troca de votos no Congresso. É preciso discutir uma ética que impeça que a mídia possa mentir, transformar-se em cunha de interesses não nacionais, ou das elites (elites são apátridas e amorais) e venha esconder-se atrás da tal liberdade de imprensa.
Liberdade de que? De mentir? De falsear? De inventar? De induzir?
Não há uma notícia no jornal da mentira, o JORNAL NACIONAL, sobre o massacre de Oaxaca. Não se fala em fraude nas eleições do Equador, como não se falou e nem se fala na situação do México.
Tais fatos “contrariam os nossos amigos americanos” como disse William Bonner, principal robô dessa mídia. Referia-se ao presidente Chávez, da Venezuela.
O governador Requião, reeleito no Paraná, deu nome aos bois e num gesto de muita coragem mostrou que gente como Bial, Miriam Leitão, a mídia estadual, todo o processo está contaminado pela mentira. Pela farsa.
Pelos interesses que pagam e sustentam os tais defensores da tal “liberdade de imprensa”, a deles.
A presença de Hélio Costa no Ministério das Comunicações é inaceitável. Além das várias acusações de práticas corruptas, o ministro é boneco da GLOBO. Lula precisa começar a mudar logo.
Os caras vão continuar no ataque. Vem aí a nova edição de Big Brother. Funciona mais ou menos como anestésico nas características de espetáculo de uma sociedade que constroem sob a batuta da mentira, do amoralismo e da transformação do ser humano em objeto.
Uma das primeiras providências é desatrelar redes como a GLOBO, do dinheiro público. De financiamentos governamentais para projetos megalomaníacos e que se voltam contra o interesse nacional.
Rever a emenda que permitiu a entrada de capital estrangeiro no setor de rádio e telecomunicação. VEJA e todo o sistema GLOBO são condomínio de senhores do capital e vassalos desse capital (as tais elites da família, tradição, propriedade, grana no bolso e banho e bochecho de água benta).
Eliminar entraves a rádios e tevês comunitárias, instrumentos de participação popular. Evitar, por exemplo, que as tevês comunitárias se transformem em campo de luta de facões religiosas, religiões, submetendo o cidadão a uma lavagem cerebral de vinte e quatros hora por dia.
Existem casos de “feiticeiros” receitando e curando na tevê e no rádio. E cobrando. Não importa a crença. Servem direta ou indiretamente ao modelo.
Toda a mídia tem que ser repensada.
Antes que a GLOBO mande todo mundo sair nu em nome dos altos valores morais e da tradição e promova a grande suruba da volta do tresloucado Collor de Mello. Aécio, Serra, Ciro Gomes e quejandos que abram os olhos.
Versão tropical de “1984”, ou do “Admirável mundo novo”. Bonner acha que é Deus. Tem sérios distúrbios de construção, uma espécie de Sílvio Santos da notícia. Pode querer sair voando e acaba virando novela nesse processo de glorificação das mediocridades.
Medíocres mas perigosos e bandidos. Tudo dentro do esquema, do compasso.
A mídia, a grande mídia, seja a nacional, seja estadual ou regional, está podre.
Está esperando o cidadão comum pular do alto do prédio para falar da tragédia humana, enquanto vende as quinquilharias do capitalismo. A mais difundida dentre elas e ilusão que um dia o zé mane pode virar um ermírio de morais.
Se não for capaz de resistir, coitado. É só mais um que não estava à altura dos desafios do mundo contemporâneo.
Da Idade Média da tecnologia. Aquela que o cara aperta botão e termina como Chaplin mostrou em “Tempos Modernos”. Ou no notável “Metrópole”, de Fritz Lang.
O próximo drama nacional vai ser saber quem sai, quem fica, quem deu, quem não deu. Nos intervalos comerciais vão vender o modelo super tudo enquanto montam o esquema para uniformizar mentes e almas em favor dos valores morais, cristãos e democráticos.
Vem aí Bento XVI. Já confirmou que vai a São Paulo.
Liberdade de imprensa é o mote dessas organizações marrons.
Na cabeça dessa gente, que defende interesses específicos dos principais acionistas do Estado, liberdade de imprensa é o direito de mentir, transformar as eleições num espetáculo, num show, faturar em cima e continuar a manter o controle dos “negócios”.
Se reações acontecem, evidente, a “democracia está em risco”. Foi assim em 1964. Um bando de militares fascistas tomou o poder, derrubou um governo constitucional em nome da tal democracia, implantou um regime de terror e constituiu-se em instrumento de Washington para mudar o perfil da América Latina, sobretudo a do Sul.
E a turma se dizia, além de democrata, nacionalista.
Chegaram a criar a multinacional da tortura, a Operação Condor. Quem contestasse a democracia deles ia preso e arrebentado no melhor estilo do general/ditador João Figueiredo.
GLOBO serviu a esses senhores. Surgiu como parte e instrumento decisivo do golpe. FOLHA foi um dos jornais que pediu a derrubada de Goulart.
Quando se voltou, FOLHA DE SÃO PAULO, para a luta pela redemocratização, o fez movida por interesses empresariais. Era um jornal de porte regional, estadual e queria virar jornal nacional (epa).
VEJA nasceu prostituta.
É preciso discutir a mídia entre nós, sobretudo agora, com a mentirada durante o processo eleitoral. Rádios, tevês, jornais ou partidos políticos dos donos?
É preciso rever esse amontoado de concessões de canais de rádio e tevê feito a deputados, senadores, em troca de votos no Congresso. É preciso discutir uma ética que impeça que a mídia possa mentir, transformar-se em cunha de interesses não nacionais, ou das elites (elites são apátridas e amorais) e venha esconder-se atrás da tal liberdade de imprensa.
Liberdade de que? De mentir? De falsear? De inventar? De induzir?
Não há uma notícia no jornal da mentira, o JORNAL NACIONAL, sobre o massacre de Oaxaca. Não se fala em fraude nas eleições do Equador, como não se falou e nem se fala na situação do México.
Tais fatos “contrariam os nossos amigos americanos” como disse William Bonner, principal robô dessa mídia. Referia-se ao presidente Chávez, da Venezuela.
O governador Requião, reeleito no Paraná, deu nome aos bois e num gesto de muita coragem mostrou que gente como Bial, Miriam Leitão, a mídia estadual, todo o processo está contaminado pela mentira. Pela farsa.
Pelos interesses que pagam e sustentam os tais defensores da tal “liberdade de imprensa”, a deles.
A presença de Hélio Costa no Ministério das Comunicações é inaceitável. Além das várias acusações de práticas corruptas, o ministro é boneco da GLOBO. Lula precisa começar a mudar logo.
Os caras vão continuar no ataque. Vem aí a nova edição de Big Brother. Funciona mais ou menos como anestésico nas características de espetáculo de uma sociedade que constroem sob a batuta da mentira, do amoralismo e da transformação do ser humano em objeto.
Uma das primeiras providências é desatrelar redes como a GLOBO, do dinheiro público. De financiamentos governamentais para projetos megalomaníacos e que se voltam contra o interesse nacional.
Rever a emenda que permitiu a entrada de capital estrangeiro no setor de rádio e telecomunicação. VEJA e todo o sistema GLOBO são condomínio de senhores do capital e vassalos desse capital (as tais elites da família, tradição, propriedade, grana no bolso e banho e bochecho de água benta).
Eliminar entraves a rádios e tevês comunitárias, instrumentos de participação popular. Evitar, por exemplo, que as tevês comunitárias se transformem em campo de luta de facões religiosas, religiões, submetendo o cidadão a uma lavagem cerebral de vinte e quatros hora por dia.
Existem casos de “feiticeiros” receitando e curando na tevê e no rádio. E cobrando. Não importa a crença. Servem direta ou indiretamente ao modelo.
Toda a mídia tem que ser repensada.
Antes que a GLOBO mande todo mundo sair nu em nome dos altos valores morais e da tradição e promova a grande suruba da volta do tresloucado Collor de Mello. Aécio, Serra, Ciro Gomes e quejandos que abram os olhos.
Versão tropical de “1984”, ou do “Admirável mundo novo”. Bonner acha que é Deus. Tem sérios distúrbios de construção, uma espécie de Sílvio Santos da notícia. Pode querer sair voando e acaba virando novela nesse processo de glorificação das mediocridades.
Medíocres mas perigosos e bandidos. Tudo dentro do esquema, do compasso.
A mídia, a grande mídia, seja a nacional, seja estadual ou regional, está podre.
Está esperando o cidadão comum pular do alto do prédio para falar da tragédia humana, enquanto vende as quinquilharias do capitalismo. A mais difundida dentre elas e ilusão que um dia o zé mane pode virar um ermírio de morais.
Se não for capaz de resistir, coitado. É só mais um que não estava à altura dos desafios do mundo contemporâneo.
Da Idade Média da tecnologia. Aquela que o cara aperta botão e termina como Chaplin mostrou em “Tempos Modernos”. Ou no notável “Metrópole”, de Fritz Lang.
O próximo drama nacional vai ser saber quem sai, quem fica, quem deu, quem não deu. Nos intervalos comerciais vão vender o modelo super tudo enquanto montam o esquema para uniformizar mentes e almas em favor dos valores morais, cristãos e democráticos.
Vem aí Bento XVI. Já confirmou que vai a São Paulo.
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