Herr Reichzinger – Bento XVI
09/01/2007
- Opinión
O ex-ministro e quase ex-deputado Delfim Neto disse uma vez que um “bom marqueteiro elege um poste para presidir o Brasil”. Delfim falava de FHC, de quem nunca gostou e agora pode terminar ministro de Lula. Difícil mas não impossível.
Bento XVI é produto típico de uma Igreja que começou a ser controlada pelos norte-americanos com a eleição de Karol Woytila, o papa João Paulo II. Foi a reação em plena guerra fria ao Concílio Vaticano II, convocado pelo extraordinário João XXIII e que teve seqüência no papado notável de Paulo VI.
A Igreja e a opção pelos pobres, o que, na prática, significou repudiar os regimes totalitários de qualquer natureza. Há na encíclica “Mater e Magistra”, ao que me lembre a primeira de João XXIII, textualmente, que os caminhos da liberdade passam pela paz, mas, quando esgotados os recursos para tanto, é lícito lutar com armas.
João Paulo II foi conseqüência da quase falência d Vaticano. O cardeal norte-americano e banqueiro Marcinkus, levou ao conclave que elegeu o papa a proposta/propina de tirar o pequeno Estado da insolvência em troca de um combate feroz ao comunismo, dentro de uma estratégia que acabou por liquidar a União Soviética. Não por acaso um polonês, terra de Lech Walessa.
A aparente bondade do papa encobriu um dos períodos mais violentos da Igreja, com perseguições a padres e bispos progressistas, produtos do Concílio Vaticano II. João Paulo II foi só um produto de marketing e de negócios, até com aquela história de saudar os povos do mundo em não sei quantas línguas.
A eminência parda era o cardeal Ratzinger (Reichzinger), ex-integrante da juventude hitlerista e uma segunda etapa no processo: frio, insensível, cruel e perverso, adequado à etapa seguinte do esquema.
Marcinkus, para quem não sabe, o operador dos “negócios” do Vaticano, acabou com a prisão preventiva decretada pela Justiça italiana por fraudes e mais fraudes e negócios com a máfia. Outra quer dizer, pois era chefe de uma delas.
Foi a primeira vez na história do Vaticano, ao que se saiba que um cardeal entrou papa e saiu papa. Há um ditado que afirma o contrário: cardeal que entra papa sai cardeal. Um outro detalhe: quando da escolha de João Paulo II, a disputa se dava com o brasileiro Aloísio Lorscheider, ligado à Igreja de João XXIII e Paulo VI.
Um cardeal latino-americano favorável à reforma agrária, com opção preferencial pelos pobres, defensor dos direitos humanos e crítico do capitalismo.
Bento XVI por suas características de burocrata, tipo fiscal com pastinha, papéis, clips e um dinheirinho para o meu candidato, ou umas quentinhas, segue também pelo caminho da maledicência, só que num espectro mais amplo. Ao invés de buscar degradar duas ou três pessoas, degrada bilhões.
Sua crítica ao propalado “relativismo” da democracia na América Latina, se volta contra os governos de Hugo Chávez e Evo Morales, especificamente sem citá-los, enquanto elege o Brasil como democracia que combate o tráfico de drogas, a corrupção e promove a diminuição da desigualdade social. Deveria ser condenado a passar quarenta dias e quarenta noites no Rio de Janeiro.
Pede a abertura de Cuba para o mundo e a abertura do mundo para Cuba. Ou seja, não se importa que a ilha de Fidel Castro e sua revolução socialista volte a ser um bordel de fim de semana dos moradores de Miami e um ponto de “negócios” da máfia. Faz parte da turma. Repete os discursos de Bush e dos seus terroristas, só que com o viés piedoso dos religiosos, disfarçado na hipocrisia da Igreja a serviço de interesses das elites.
Milhares de crianças dormem ao relento no Brasil. Quando João Paulo II chegou a Cuba num projeto de insuflar o povo contra o governo de Fidel, ouviu do líder revolucionário que “milhões de crianças dormirão nas ruas essa noite, mas nenhuma é cubana”. Engoliu em seco a peroração piedosa/capitalista que faria, como se fosse juiz do mundo e do da verdade.
Em seu discurso de segunda-feira Bento XVI conclamou o Irã a abandonar as experiências nucleares e repreendeu a Coréia do Norte. Já as torturas de Guantánamo e a violência dos patrões norte-americanos no Iraque, essas, ficaram para as calendas. As citações são formais A condenação inexiste, limita-se a falar em paz, como se a guerra fosse um problema dos iraquianos e não das companhias de petróleo dos EUA e da Europa.
A sensação que fica é que o discurso do chamado sumo pontífice foi preparado em Washington, depois de um conversa de Bush com Deus, já que o presidente/terrorista se declara iluminado para libertar o mundo.
Em maio a figura está no Brasil Deveriam passar para ele o documentário “A revolução não será televisionada”, o golpe de empresários contra Chávez (falhou, o povo reagiu), onde aparece lépido e lampeiro com um celular de última geração à época, sua eminência o cardeal venezuelano, rindo e se confraternizando com os golpistas.
Democracia relativa para Bento XVI deve ser isso.
E se bobear, em São Paulo, a FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo) faz jantar para sua santidade, com desfile de modelitos da DASLU e discurso de Olavo Setúbal, presidente do Banco Itaú, 325 mil reais de lucro por hora.
Já os bancários, devem ser “relativos”, salários de fome...
Bento XVI é produto típico de uma Igreja que começou a ser controlada pelos norte-americanos com a eleição de Karol Woytila, o papa João Paulo II. Foi a reação em plena guerra fria ao Concílio Vaticano II, convocado pelo extraordinário João XXIII e que teve seqüência no papado notável de Paulo VI.
A Igreja e a opção pelos pobres, o que, na prática, significou repudiar os regimes totalitários de qualquer natureza. Há na encíclica “Mater e Magistra”, ao que me lembre a primeira de João XXIII, textualmente, que os caminhos da liberdade passam pela paz, mas, quando esgotados os recursos para tanto, é lícito lutar com armas.
João Paulo II foi conseqüência da quase falência d Vaticano. O cardeal norte-americano e banqueiro Marcinkus, levou ao conclave que elegeu o papa a proposta/propina de tirar o pequeno Estado da insolvência em troca de um combate feroz ao comunismo, dentro de uma estratégia que acabou por liquidar a União Soviética. Não por acaso um polonês, terra de Lech Walessa.
A aparente bondade do papa encobriu um dos períodos mais violentos da Igreja, com perseguições a padres e bispos progressistas, produtos do Concílio Vaticano II. João Paulo II foi só um produto de marketing e de negócios, até com aquela história de saudar os povos do mundo em não sei quantas línguas.
A eminência parda era o cardeal Ratzinger (Reichzinger), ex-integrante da juventude hitlerista e uma segunda etapa no processo: frio, insensível, cruel e perverso, adequado à etapa seguinte do esquema.
Marcinkus, para quem não sabe, o operador dos “negócios” do Vaticano, acabou com a prisão preventiva decretada pela Justiça italiana por fraudes e mais fraudes e negócios com a máfia. Outra quer dizer, pois era chefe de uma delas.
Foi a primeira vez na história do Vaticano, ao que se saiba que um cardeal entrou papa e saiu papa. Há um ditado que afirma o contrário: cardeal que entra papa sai cardeal. Um outro detalhe: quando da escolha de João Paulo II, a disputa se dava com o brasileiro Aloísio Lorscheider, ligado à Igreja de João XXIII e Paulo VI.
Um cardeal latino-americano favorável à reforma agrária, com opção preferencial pelos pobres, defensor dos direitos humanos e crítico do capitalismo.
Bento XVI por suas características de burocrata, tipo fiscal com pastinha, papéis, clips e um dinheirinho para o meu candidato, ou umas quentinhas, segue também pelo caminho da maledicência, só que num espectro mais amplo. Ao invés de buscar degradar duas ou três pessoas, degrada bilhões.
Sua crítica ao propalado “relativismo” da democracia na América Latina, se volta contra os governos de Hugo Chávez e Evo Morales, especificamente sem citá-los, enquanto elege o Brasil como democracia que combate o tráfico de drogas, a corrupção e promove a diminuição da desigualdade social. Deveria ser condenado a passar quarenta dias e quarenta noites no Rio de Janeiro.
Pede a abertura de Cuba para o mundo e a abertura do mundo para Cuba. Ou seja, não se importa que a ilha de Fidel Castro e sua revolução socialista volte a ser um bordel de fim de semana dos moradores de Miami e um ponto de “negócios” da máfia. Faz parte da turma. Repete os discursos de Bush e dos seus terroristas, só que com o viés piedoso dos religiosos, disfarçado na hipocrisia da Igreja a serviço de interesses das elites.
Milhares de crianças dormem ao relento no Brasil. Quando João Paulo II chegou a Cuba num projeto de insuflar o povo contra o governo de Fidel, ouviu do líder revolucionário que “milhões de crianças dormirão nas ruas essa noite, mas nenhuma é cubana”. Engoliu em seco a peroração piedosa/capitalista que faria, como se fosse juiz do mundo e do da verdade.
Em seu discurso de segunda-feira Bento XVI conclamou o Irã a abandonar as experiências nucleares e repreendeu a Coréia do Norte. Já as torturas de Guantánamo e a violência dos patrões norte-americanos no Iraque, essas, ficaram para as calendas. As citações são formais A condenação inexiste, limita-se a falar em paz, como se a guerra fosse um problema dos iraquianos e não das companhias de petróleo dos EUA e da Europa.
A sensação que fica é que o discurso do chamado sumo pontífice foi preparado em Washington, depois de um conversa de Bush com Deus, já que o presidente/terrorista se declara iluminado para libertar o mundo.
Em maio a figura está no Brasil Deveriam passar para ele o documentário “A revolução não será televisionada”, o golpe de empresários contra Chávez (falhou, o povo reagiu), onde aparece lépido e lampeiro com um celular de última geração à época, sua eminência o cardeal venezuelano, rindo e se confraternizando com os golpistas.
Democracia relativa para Bento XVI deve ser isso.
E se bobear, em São Paulo, a FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo) faz jantar para sua santidade, com desfile de modelitos da DASLU e discurso de Olavo Setúbal, presidente do Banco Itaú, 325 mil reais de lucro por hora.
Já os bancários, devem ser “relativos”, salários de fome...
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