Paris, perguntas singelas
15/01/2015
- Opinión
Por que, depois do esforço do Estado imperialista francês para a criação de uma catarse mundial “contra o terrorismo”, já não é mais exibido pela mídia o vídeo em que o homem apresentado como islamista fanático corre pela rua, atira a queima-roupa num policial caído, já ferido, com um fuzil AK7, sem que a cabeça do supostamente atingido se espatifasse em mil pedaços, sem que jorrasse uma só gota de sangue? Qualquer internauta pode pesquisar como fia a cabeça de alguém atingido por um AK7...
Por que uma mobilização de 88 mil soldados para caçar – por 3 dias, a 3 supostos fanáticos – não impediu que uma mulher apresentada pela mídia do grande capital, inclusive a TV Globo, como ligada a eles, escapasse do cerco e surgisse na fronteira da Síria? Por que, quando comprovado não haver mais reféns, não houve a prioridade para que os chamados islamitas fossem capturados vivos? Apresentariam uma estória muito desconexa e incongruente com os objetivos da chamada “Guerra ao Terror”?
Por que os países imperialistas (EUA, França e Inglaterra) organizadores da “Guerra ao Terror” são os mesmos que compram petróleo das refiarias controladas pelo Estado Islâmico no Iraque e Síria? Por que o atentado ocorre logo após a França ter reconhecido o Estado Palestino e logo após queixa de Hollande de que sanções à Rússia prejudicam países europeus? E também quando Putin propõe aliança entre União Européia e União Euroasiática? Alguém se lembra que o jornal Charlie Hedbo apoiou a ocupação militar da França e Otan contra Líbia, fazendo chacota da execução de Kadafi país que registrava mais alto padrão social da África? Alguém se lembra que em 11 de setembro de 2001 o sistema de defesa do tráfego aéreo de Nova Iorque foi desligado às 6 horas da manhã?
15/01/2015
https://www.alainet.org/es/node/166839
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