“Estamos a um passo da barbarie”

10/03/2012
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Este é o final de um artigo do Prof. Felipe Jose Kayser Furlan, cujo texto publicado no jornal Zero Hora (08/03), deve ser divulgado em todas as instâncias da mídia brasileira. Não sou especialista em direito, mas me encorajo de dizer alguma coisa que a vida me ensinou. É verdade que o Estado é uma entidade ou instituição laica.  Mas antes dele, existe uma entidade superior por tradições, costumes, culturas, crenças e arranjos sociais que se consolidaram ao longo da sua história: a Nação. O Estado é a emanação prática, política e jurídica estabelecida, com base nos conceitos criados e consolidados do espírito da Nação.
 
A nação brasileira começou existir com advento dos portugueses, que trouxeram na sua bagagem cultural os valores cristãos acumulados através dos séculos de sua história. De lá para cá evoluiu, se consolidou, se adaptou às condições do progresso em todos os campos da ciência, mas permaneceu firme e coesa graças as suas tradições, entre elas, a crença cristã. No momento contemporâneo, com o intuito de laicizar tudo que existe, grupos sociais estão procurando destruir os valores simbólicos e culturais (manifestamente religiosos) que se consagraram através do tempo. Estes grupos, minoritários por excelência, se construíram atrás de uma falsa modernidade - com violação a princípios consagrados da cultura do país - estão promovendo a derrubada sistemática destes valores. São grupos que por não encontrarem  abrigo ou não se conformarem com as instituições, se rebelam contra a ordem moral e jurídica estabelecida.
 
Agora para surpresa nossa, um grupelho, -usando o melhor eufemismo que nos surge a mente, onde estatisticamente não tem qualquer significado- consegue através de diatribes e sofismas jurídicos convencer uma alta corte de Porto Alegre, que o símbolo religioso do crucifixo, sempre inspirador para as melhores decisões, seja retirado de todos os ambientes da justiça. O Crucifixo, a Bíblia, nos faz refletir sobre o grande amor de Deus com a humanidade e exemplo de amor para com o próximo. Na verdade, estes símbolos incomodam exclusivamente o desvio moral daqueles grupos e nunca da sociedade, quando a imensa maioria veem nestes símbolos, com respeito e reverência, o amparo e a fortaleza de suas vidas.
 
O que mais nos deixa pasmos, não houve qualquer magistrado que fosse contra a petição feita. Ou seja, nenhum deles se mostrou cristão. Para que isto acontecesse, é de se duvidar que algum deles tenha ao menos foliado a bíblia, onde ao nosso entender está a essência da verdade. Temos convicção que nos seus currículos espirituais todos foram batizados na fé cristã. Só ficaram nisto. É uma pena.
 
Não é mais possível aceitar, que em nosso país grupos minusculamente minoritários consegue subverter uma ordem histórica que pertence aos valores da Nação brasileira. Grupos sectários que por circunstâncias, morais, psicológicas e mesmo fisiológicas, procurem impor suas frustrações, para subverter a ordem sobre  a outra, maioria, estatisticamente  imensa. Ninguém é contra suas preferências, seus desejos ou seus defeitos de origem, porque  tolerância faz parte dos valores cristãos da maioria. Mas se sujeitar aos seus caprichos isto já é demais.
 
Nenhum símbolo nacional de Estado, como a bandeira, o hino nacional, brasão e outros instituídos, terão força suficiente de respeito, sem aqueles dos valores religiosos e sagrados. Esses fazem parte do patamar superior da nossa consciência transcendental: o espírito. Aquele temor que nos guia para toda a vida. Caso contrário eles não suportarão a erosão do tempo.
 
Todos os países que aceitam em suas instituições os símbolos religiosos de suas Nações têm sua força moral inabalável. Os símbolos judaicos, muçulmanos, hinduístas e outros para exemplificar, têm sido poderosos para manter suas sociedades intactas através dos séculos. Por que nós que somos da vertente judaico-cristã, onde se moldou toda a civilização ocidental, vamos agora renunciar nossos símbolos sagrados pela ingerência de grupelhos alienados?
 
Quando um Estado, cria leis desprotegendo a família natural, para dar espaço a outras formas espúrias de uniões; quando se permite o infanticídio de sua sociedade pelo aborto; quando propõe a liberação da bebida alcoólica e da droga; quando cria leis para a prática da eutanásia com o cínico título de piedade; quando tira o pátrio poder de dentro das famílias; então sim estamos realmente a um passo da barbárie.  Agora, quando procura destruir os símbolos da fé de um povo, o triste fim da civilização está chegando.
 
- Sergio Sebold - Economista e Professor Independente.
https://www.alainet.org/fr/node/156422

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