Este artigo foi publicado no The Guardian em 18 de maio de 2012. Se alguém quiser impirmir, pro favor inclua o link para o original.
Jamaica, uma nação caribenha de língua inglesa, com 2.9 milhões de pessoas, pode parecer um mundo muito distante da Europa. A renda percapita de $9,000 coloca o país na 88a posição no mundo, se comparado com os países da zona do euro é provável que se tornem tão pobres quanto a Jamaica é hoje, eles podem facilmente – seguindo enfrente – ser uma mímica da triste performance econômica que Jamaica tem visto nos últimos 20 anos.
Jamaica tem a maior carga de divida pública do mundo: pagamentos de juros sobre a divida do governo contabiliza 10% da renda nacional. (Por comparação, Grécia – com a piro divida na Europa, está pagando 6.8% do PIB em juros). Isso deixa pouco espaço para investimento público em infraestrutura, ou melhoria da educação ou da saúde. Parte como resultado dessa trampa da dívida, a renda da Jamaica percapita cresceu somente 0.7% nos últimos 20 anos.
Dois anos atrás Jamaica chegou a um acordo com os credores, intermediado pelo FMI, que restruturou o dívida. Pagamentos dos juros foram baixados, e o pagamento do principal foi adiado. Mas o peso da dívida permaneceu insustentável. OFMI agora projeta que a dívida da Jamaica alcançará 153% do PIB em apenas anos.
Soa familiar? Isso foi o que aconteceu com a Grécia apenas 4 meses atrás. Os governo grego chegou a um acordo coma s autoridades europeias (a “Troika” do Banco Central Europeu ou ECB, a Comissão Europeia, e o FMI) que reduziu a dívida. Diferente da Jamaica , os investidores privados segurando a dívida grega “cortou o cabelo”, perdendo mais ou menos metade do principal. Mas ainda não foi o suficiente. Antes que a tinta da negociação estivesse seca, o FMI estima um “cenário pessimista” mostra a dívida grega alcançando mais que 160% do PIB até 2020. Desde a projeção do FMI para a Grécia nos o últimos anos tem se mostrado enormemente super-otimista, e com Europa escorregando para dentro de uma recessão, o cenário pessimista parece mais provável. Isso significa que mesmo se os eleitores gregos tenham um governo que aceite o acordo – de modo nenhum garantido – é provável que sua economia vai vacilar de uma crise a outra até que haja outra reestruturação ou uma inadimplência caótica.
Em ambos, Grécia e Jamaica, o problema não é só a dívida em si, mas muito mais, as políticas que os credores tem condicionado a futuros empréstimos. Na Grécia é extremo: a Troika insistiu que Grécia cortasse 8.6% do PIB de seu déficit fiscal nos últimos dois anos – o equivalente aos EUA acabar completamente como todo seu déficit orçamentário de 1.3 trilhões de dólares. Naturalmente a economia entra num colapso. Na Jamaica, o FMI também impôs condições durante a crise econômica de 2008-2009 que piorou a retração econômica do país.
O problema da Europa com politicas daninhas condicionadas ao empréstimo oficial não é limitado à Grécia. A informação recente da Dow Jones conta a triste história de Portugal numa frase: “EU: Portugal necessita mais austeridade para averta o alvo da dívida”. Sim, a Comissão Europeia quer que Portugal faça cortes ainda maiores porque porque os que já fez encolheu (retraiu) a economia tanto que o país não vai atingir seu alvo da proporção dívida/PIB. A economia está projetada para uma encolhimento (retração) dolorosa de 3.3% este ano, e o desemprego oficial aumentou de 12.9% o ano passado para 13.3 por cento. Irlandeses em recessão, ainda estão entrando num grande corte orçamentário.
Espanha ainda não teve que pedir emprestado a Troika, mas seguiu as mesmas políticas. Com mais da metade da sua juventude definhando no desemprego, o aperto fiscal da Espanha de acordo com as projeções do governo – terá que cortar 2.6% de seus crescimento econômico este ano.
Claro que existem diferenças importantes entre a situação dos países da zona do euro e da Jamaica e entre os países da zona do euro. Jamaica precisa cancelar sua dívida; alguns dos países da zona do euro com problemas, pro exemplo Espanha, teriam uma carga dada dívida sustentável se o ECB simplesmente interviesse no soberano mercado de títulos e garantisse baixos juros sobre seus títulos. E o ECB, como emissor de moeda forte na área monetária com não sérias ameaças inflacionárias, tem muito espaço para fazer oq ue que quer que seja necessário para assegurar que todos os países da zona do euro tivessem baixos custos de empréstimos e portanto dívida sustentável.
Mas a ECB tem recusado usar sues poderes para por um fim à soberana crise da dívida, preferindo, ao contrário – de mãos dadas com o resto da Troika – explorar-lo para forçar mudanças políticas impopulares nos países da zona do euro, especialmente os mais fracos. Assim fazendo eles estão condenando estes países a uma estagnalção de larga duração de alto desemprego e crescimento lento que Jamaica vem sofrendo nas duas últimas décadas. Embora os custos humanos são muito mais altos nos países em desenvolvimento como Jamaica, é desnecessário sofrer nos dois lados do oceano.