Senadores franceses integram a resistência internacional ao golpe de Estado
- Opinión
Os senadores franceses prestaram a total solidariedade à presidenta Dilma Rousseff e denunciaram, com firmeza, o golpe institucional em curso no Brasil
O Senado da República francesa promoveu, nesta sexta-feira, um colóquio sobre o golpe de Estado no Brasil. Os parlamentares debateram sobre os níveis de solidariedade da França com os povos da América Latina.
Presente ao encontro, a correspondente Correio do Brasil em Paris, Marilza de Melo Foucher, participou da iniciativa da senadora Laurence Cohen, senadora do departamento (equivalente ao Estado, no Brasil) de Val-de-Marne. Cohen é presidente do grupo inter-parlamentar ‘Amizade França-Brasil’. O colóquio foi realizado em parceria com o coletivo de Solidariedade France-Brasil, “Os amigos do movimento sem terra”, a Associação Autres Brésils e o Movimento Democrático 18 de março.
Com o salão praticamente lotado, o colóquio foi aberto com a presença de três senadores: Laurence Cohen do grupo Comunista, Republicano e Cidadão, Marie-Christine Blandin, senadora do Norte “Hauts- de- France”, representando o grupo ecologista; e o senador Antoine Karam, representante do Partido Socialista da Guiana Francesa.
Os senadores franceses prestaram a total solidariedade à presidenta Dilma Rousseff e denunciaram, com firmeza, o golpe institucional em curso no Brasil. Os três senadores estão determinados em solicitar que o governo francês não reconheça o governo de facto do vice-presidente Michel Temer. Eles assumiram a iniciativa de elaborar uma carta coletiva formado por uma frente de apoio parlamentar, movimentos sociais, sindicatos e outras associações francesas em solidariedade com a democracia no Brasil.
Em seguida, houve a fala de Joao Paulo Rodrigues, dirigente nacional do MST e membro da frente popular convidado especial vindo do Brasil que expôs sobre antes, durante e depois do golpe e como se organiza a mobilização popular. E a terceira mesa foi composta de dois intelectuais franceses, uma politóloga do Instituto de Altos Estudos da América Latina ( Sorbone) Janette Habel, a historiadora Maud Chirio e a principal líder da resistência brasileira à ditadura, Bernadette Entatrice.
O colóquio foi encerrado pelo economista, integrante do Conselho Cientifico de Attac e do Conselho Internacional do Forum Social Mundial Gus Massiah. Realizamos duas entrevistas que em breve será publicada nas edições do CdB.
Marilza de Melo Foucher é economista, jornalista e correspondente do Correio do Brasil, em Paris.
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