Terrorismo genocida
20/07/2006
- Opinión
O que mais choca diante das atrocidades cometidas por Israel contra palestinos e libaneses é a indiferença dos governos do mundo, dos meios de comunicação, braços desses governos e dos interesses que representam (do capital financeiro sobretudo).
É como se toda a barbárie estúpida de um estado terrorista, Israel, não importasse. Afinal os judeus são os “eleitos” de Deus e os palestinos e libaneses, os “malditos". Se esse deus não existisse seria preciso inventá-lo para justificar tanta boçalidade.
Bush fala direto com o seu deus. Esse manda que invada o Iraque, o Afeganistão, que ocupe a Colômbia, o Paraguai e que fraude eleições em seu próprio país e no México. Que apóie o genocídio contra os povos palestino e libanês. O deus de Bush é o principal acionista das companhias de petróleo, de armas, dos bancos e detém o monopólio da estupidez nuclear.
Crianças de Israel escrevem mensagens de ódio nos cones dos foguetes que irão matar crianças palestinas.
E os “terroristas” são os que têm suas casas destruídas. Suas famílias soterradas diante da avalancha de bombas judias. Tudo em nome do controle da água em Gaza por uma companhia israelense.
Quem não aceita, desde o primeiro momento, o Estado Palestino é Israel.
O acordo de paz que Arafat e Rabin assinaram definindo fronteiros, condições para a existência e coexistência de ambos os estados, Palestina e Israel, terminou nas mãos de um fanático judeu assassinando o primeiro ministro de seu próprio país, por não aceitar a paz.
Deve ter pensado como os “superiores” farão a paz com os “inferiores”?
Era ligado ao partido de Ariel Sharon, o mais sanguinário terrorista judeu.
O processo de paz construído a duras penas com concessões por parte dos palestinos, sobretudo dos palestinos, acabou assim. Rabin era um general e no momento que assinou o acordo com Arafat ouviu do líder palestino o seguinte: “não é a paz dos vencidos, mas dos vencedores. Dos que percebem a grandeza de cada povo”.
A morte de Rabin, dentro de um processo desfechado pelos grupos terroristas judeus, levou Sharon ao poder. O primeiro ato de campanha do líder fascista israelense foi afrontar os palestinos na parte palestina de Jerusalém.
Incutiu o medo em seu povo. Fraudou, mentiu, roubou, matou e praticou toda a sorte de violências possíveis em nome dos interesses dos grupos que representava.
O que assistimos hoje é o triunfo do terror. Da boçalidade. Do nazismo ressurreto, apoiado e sustentado pelo grande império do IV Reich, com sede em Washington.
E a chocante indiferença das pessoas. É claro, a tragédia está do outro lado. A tragédia aqui é da novela das oito. O sangue é de mentirinha e terminada a gravação da cena o ator levanta e distribui beijinhos. Ou a atriz, levanta e declara que foi preciso muita concentração para fingir-se de morta.
https://www.alainet.org/pt/articulo/116168?language=en
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