Cerca de 8 mil pessoas abrem a Assembléia
25/10/2005
- Opinión
Com entusiasmo e esperança, cerca de 8 mil militantes e ativistas de todo o país inauguraram ontem, dia 25, a Assembléia Popular. Homens e mulheres de movimentos sociais, da igreja e de organizações da sociedade civil estiveram no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, para os discursos de aberturo do que pretende ser o pontapé inicial de um novo processo de discussão de um projeto popular para o Brasil.
Serão quatro dias de debates e reflexões sobre o desafio da esquerda brasileira como agente social e o seu papel fundamental para alterar a realidade do Brasil. Para irmã Delci Franzen, coordenadora nacional da 4ª Semana Social Brasileira, responsável pela abertura do encontro, a luta do povo por um país justo, livre e soberano está na raiz da Assembléia. “Viemos de todos os estados representando o povo que luta incansavelmente pela justiça, pelo resgate das dívidas sociais, pela soberania do país e pela conquista da cidadania da para todo o povo brasileiro”, afirmou.
Já Dom Demétrio Valentini, presidente da Cáritas Brasileira, incentivou os participantes a ter esperança e acreditar que podemos ser protagonistas da nossa história. “Devemos ser como o fogo que ilumina essa Assembléia”, disse ao se referir à fogueira da mística de abertura.
João Paulo Rodrigues, diretor nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), considerou que o objetivo é fazer da Assembléia um marco na história do nosso país. “Queremos que companheiro e companheiras, aproveitem o máximo para fazer um bom diagnostico do Brasil”, pontuou.
O diretor do MST lembrou a importância de se evitar a fragmentação das forças progressistas, nesse momento de reconstrução de um projeto popular. “Para fazer mudança, estamos convencidos que devemos deixar de lado o sectarismo para fomentar o debate e a diversidade”, explicou. Segundo ele, a Assembléia Popular – que terminará no dia 28 – exigirá sacrifício, humanismo e humildade para o processo avançar. “Não queremos que esse encontro seja um espetáculo, mas sim um espaço para discutir os problemas da sociedade que o governo, os partidos deixaram de lado. Por isso, estamos aqui”, disse Rodrigues.
- Suzane Durães (MPA) e Jorge Pereira Filho (BdF)
Minga Informativa de Movimientos Sociales
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