“Com Aécio teremos um retrocesso imenso”, diz Pablo Ortellado
13/10/2014
- Opinión
Com a abertura das urnas, no último dia 6 de outubro, a maior parte da população brasileira escolheu os velhos conhecidos das últimas três eleições para a disputa do segundo turno: PT x PSDB. Com duas candidaturas distintas para uns e mais iguais do que deveria para outros, uma pergunta paira no ar: o que fazer no segundo turno?
No campo da esquerda, os partidos não tomaram posição clara quanto a o que fazer no embate entre Dilma e Aécio. PCB, PSTU e PCO já declararam a opção de votar nulo, por exemplo. O PSOL não declarou apoio à reeleição de Dilma, mas pediu “nenhum voto a Aécio” e os deputados eleitos pelo partido já se pronunciaram a favor da petista.
O professor da Universidade de São Paulo (USP) Pablo Ortellado não titubeou em declarar voto em Dilma Rousseff no segundo turno diante do embate contra o tucano. Ele considera o tucano “um retrocesso imenso” com relação a políticas sociais e direitos humanos.
“Vou votar na Dilma, sem dúvida. Mas não espero avanço significativo, mas a manutenção do que se conseguiu. Com Aécio teremos um retrocesso imenso: novas privatizações, superávits primários crescentes com menos gastos em programas sociais, autonomia do Banco Central e prejuízo aos Direitos Humanos”, explicou.
Apesar de considerar o voto nulo como uma “irresponsabilidade” visto o cenário que se coloca nesse segundo turno, o professor diz que entende a opção por não votar em nenhuma das duas candidaturas como forma de protesto contra as limitações do sistema político ou contra retrocessos do próprio governo Dilma.
Neoliberalismo
O desejo difuso de mudança nas urnas já levanta um debate que para muitos da esquerda vai nortear o debate no final do mês: o retorno da política neoliberal no país. Pablo argumenta que o voto em Dilma, por si só, não deve desviar a sociedade para a importância de impedir o avanço conservador liberal que vive o país.
“O ônus da mudança social não é das instituições, mas da sociedade. São as ações da sociedade que criam a força capaz de promover a mudança e de impedir retrocessos. Claro que a força dos movimentos deve estar articulada com instituições e partidos políticos que possam converter essa força em ação legislativa e governamental. Mas a responsabilidade principal é da sociedade, por meio da organização e da ação política para além das instituições”, apontou
No campo da esquerda, os partidos não tomaram posição clara quanto a o que fazer no embate entre Dilma e Aécio. PCB, PSTU e PCO já declararam a opção de votar nulo, por exemplo. O PSOL não declarou apoio à reeleição de Dilma, mas pediu “nenhum voto a Aécio” e os deputados eleitos pelo partido já se pronunciaram a favor da petista.
O professor da Universidade de São Paulo (USP) Pablo Ortellado não titubeou em declarar voto em Dilma Rousseff no segundo turno diante do embate contra o tucano. Ele considera o tucano “um retrocesso imenso” com relação a políticas sociais e direitos humanos.
“Vou votar na Dilma, sem dúvida. Mas não espero avanço significativo, mas a manutenção do que se conseguiu. Com Aécio teremos um retrocesso imenso: novas privatizações, superávits primários crescentes com menos gastos em programas sociais, autonomia do Banco Central e prejuízo aos Direitos Humanos”, explicou.
Apesar de considerar o voto nulo como uma “irresponsabilidade” visto o cenário que se coloca nesse segundo turno, o professor diz que entende a opção por não votar em nenhuma das duas candidaturas como forma de protesto contra as limitações do sistema político ou contra retrocessos do próprio governo Dilma.
Neoliberalismo
O desejo difuso de mudança nas urnas já levanta um debate que para muitos da esquerda vai nortear o debate no final do mês: o retorno da política neoliberal no país. Pablo argumenta que o voto em Dilma, por si só, não deve desviar a sociedade para a importância de impedir o avanço conservador liberal que vive o país.
“O ônus da mudança social não é das instituições, mas da sociedade. São as ações da sociedade que criam a força capaz de promover a mudança e de impedir retrocessos. Claro que a força dos movimentos deve estar articulada com instituições e partidos políticos que possam converter essa força em ação legislativa e governamental. Mas a responsabilidade principal é da sociedade, por meio da organização e da ação política para além das instituições”, apontou
Foto: Flickr
14/10/2014
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