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1968 – Lyndon Johnson assina nova Lei dos Direitos Civis

10/04/2014
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Sancionada pelo presidente norte-americano Lyndon Johnson em meio às manifestações pelo assassinato de Martin Luther King no dia 11 de abril de 1968, a Lei dos Direitos Civis (“Civil Rights Act”) representou um marco emblemático na legislação dos Estados Unidos. A medida estabeleceu oportunidades iguais na compra de imóveis sem distinção de raça, credo, origem nacional ou social.

“The Civil Rights Act” é também conhecida como a “Fair Housing Act” (Lei de Moradia Justa)  e tida como complemento da Lei dos Direitos de Votação e a Lei dos Direitos Civis (“Civil Rights Act”) de 1964, que foi o diploma legal que pôs fim aos diversos sistemas estaduais de segregação racial, estabelecendo um marco legal no país.

Então presidente dos EUA, Lyndon Johnson apressou sanção da lei  após pressão com assassinato de Martin Luther King em 04/04/1968 (Foto:  Wikicommons)

De importância histórica, a lei passou a proibir a aplicação desigual dos requisitos e registro de votantes, bem como a segregação racial nas escolas, bancos de sangue, locais de trabalho e lugares públicos em geral. Uma vez em vigor, seus efeitos foram de longo alcance e teve uma enorme repercussão em todo o país. Os poderes outorgados para fazê-la cumprir foram a princípio débeis. Contudo, ao longo dos anos, a lei foi aperfeiçoada.

O ímpeto para a aprovação da lei veio do Movimento de Moradia Aberta de Chicago de 1966, do assassinato de Martin Luther King em 4 de abril de 1968 e da revolta civil, em especial entre os negros, que se seguiu à morte de King.

Embora a Lei de Direitos Civis de 1866 proibisse a discriminação nas vivendas, não havia medidas federais para fazê-la cumprir. Dessa forma, a lei de 1968 expandiu medidas similares anteriores e, desde 1974, proibiu a discriminação de gênero.
 
Em 5 de abril, o presidente Johnson enviou uma mensagem à Câmara dos Representantes pedindo urgência na aprovação da Lei dos Direitos Civis relacionada ao direito de moradia. Com uma renovada atenção do presidente da Comissão de Legislação, Joseph Califano, e do líder do Partido Democrata, John McCormack, o projeto de lei foi aprovado por larga maioria em 10 de abril de 1968.

A lei de 1968 foi uma continuação da Lei de Direitos Civis de 1964 que, por sua vez, também já representara um progresso em relação à 14ª Emenda, ratificada no longínquo 9 de julho de 1868. Após a Guerra de Secessão, os Estados Unidos promulgaram leis para assegurar o Devido Processo e Igual Proteção aos escravos recentemente libertados. A citada emenda constitucional deu resposta à definição de cidadania revogando a decisão da Suprema Corte em relação ao caso Dred Scott de 1857.

Em março de 1857, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que todos os negros – escravos assim como os alforriados – não eram nem poderiam se tornar cidadãos dos EUA. A corte também declarou que o Compromisso de Missouri de 1820 era inconstitucional, permitindo, portanto, a escravidão em todos os estados do país.
 
11/04/2014
 
https://www.alainet.org/es/node/84720
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