Evo afirma que CIA tinha escritório dentro do Palácio Presidencial
10/04/2008
- Opinión
Segundo o presidente da Bolívia, um ex-general da polícia fornecia informes para a agência estadunidense; escritório teria sido eliminado no começo da gestão.
O presidente boliviano, Evo Morales, afirmou que seu governo, no começo da gestão, em 2006, eliminou um escritório que a CIA (agência de inteligência dos EUA) mantinha dentro do Palacio Quemado, como é conhecido o edifício da presidência, em La Paz. “Depois de dois ou três meses, nos demos conta de que no Palácio havia um escritório da CIA. Um ex-general da polícia dava informes [à agência estadunidense] sob o pretexto de luta contra o terrorismo”, denunciou, na quinta-feira (10), durante discurso de entrega de terras para comunidades afetadas pelas inundações.
Segundo o presidente, o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, foi o responsável pelo desmantelamento do escritório. Procurada pelo Brasil de Fato, a assessoria de imprensa do Palácio Presidencial afirmou não ter mais detalhes sobre o assunto. A Agência Boliviana de Informação (ABI), vinculada ao governo, divulgou em fevereiro que o diretor da CIA, Michael McConnel, fez duras críticas à Bolívia diante da Câmara de Deputados dos EUA, e advertiu sobre a suposta a influência dos governos da Venezuela e de Cuba para desestabilizar as democracias na Bolívia, Equador e Nicarágua.
Também no começo de 2008, duas denúncias de espionagem por parte dos EUA vieram à tona. Primeiro, o Ministério de Governo boliviano comprovou que grupos ilegais de inteligência, financiados pela embaixada estadunidense do país, funcionavam dentro da polícia nacional.
Em seguida, um bolsista dos EUA na Bolívia denunciou que um funcionário do serviço diplomático de seu país teria lhe pedido que fornecesse informações sobre venezuelanos e cubanos que realizam trabalhos humanitários em solo boliviano.
A embaixada estadunidense não negou as duas denúncias. No caso do bolsista, os diplomatas afirmaram que o funcionário citado havia feito uma “sugestão inapropriada” e que teria sido “imediatamente corrigido” por superiores. O governo boliviano também acusa a Usaid (Agência Estadunidense para o Desenvolvimento Internacional, na sigla em inglês) de patrocinar grupos opositores ao presidente Evo Morales.
- Igor Ojeda, enviado especial de La Paz (Bolivia)
O presidente boliviano, Evo Morales, afirmou que seu governo, no começo da gestão, em 2006, eliminou um escritório que a CIA (agência de inteligência dos EUA) mantinha dentro do Palacio Quemado, como é conhecido o edifício da presidência, em La Paz. “Depois de dois ou três meses, nos demos conta de que no Palácio havia um escritório da CIA. Um ex-general da polícia dava informes [à agência estadunidense] sob o pretexto de luta contra o terrorismo”, denunciou, na quinta-feira (10), durante discurso de entrega de terras para comunidades afetadas pelas inundações.
Segundo o presidente, o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, foi o responsável pelo desmantelamento do escritório. Procurada pelo Brasil de Fato, a assessoria de imprensa do Palácio Presidencial afirmou não ter mais detalhes sobre o assunto. A Agência Boliviana de Informação (ABI), vinculada ao governo, divulgou em fevereiro que o diretor da CIA, Michael McConnel, fez duras críticas à Bolívia diante da Câmara de Deputados dos EUA, e advertiu sobre a suposta a influência dos governos da Venezuela e de Cuba para desestabilizar as democracias na Bolívia, Equador e Nicarágua.
Também no começo de 2008, duas denúncias de espionagem por parte dos EUA vieram à tona. Primeiro, o Ministério de Governo boliviano comprovou que grupos ilegais de inteligência, financiados pela embaixada estadunidense do país, funcionavam dentro da polícia nacional.
Em seguida, um bolsista dos EUA na Bolívia denunciou que um funcionário do serviço diplomático de seu país teria lhe pedido que fornecesse informações sobre venezuelanos e cubanos que realizam trabalhos humanitários em solo boliviano.
A embaixada estadunidense não negou as duas denúncias. No caso do bolsista, os diplomatas afirmaram que o funcionário citado havia feito uma “sugestão inapropriada” e que teria sido “imediatamente corrigido” por superiores. O governo boliviano também acusa a Usaid (Agência Estadunidense para o Desenvolvimento Internacional, na sigla em inglês) de patrocinar grupos opositores ao presidente Evo Morales.
- Igor Ojeda, enviado especial de La Paz (Bolivia)
Fonte: Brasil de Fato
http://www.brasildefato.com.br
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