Produção industrial cai... na Europa!
18/08/2014
- Opinión
A mídia colonizada, que adora bajular os EUA e a Europa, deu pouco destaque para uma importante notícia na semana passada. Segundo dados oficiais, a produção industrial na zona do euro caiu 0,3% em junho, mantendo a tendência de queda já registrada no mês anterior – que foi ainda pior, com retração de 1,1%. Segundo a agência Reuters, este novo recuo abalou as esperanças na recuperação da economia do velho continente. “Esse é um número bastante decepcionante após a contração já forte em maio”, lamentou o economista chefe da consultoria ING Peter Vanden Houte. O “deus-mercado” tinha uma expectativa de que a produção industrial cresceria 0,3% no mês passado.
Estes dados confirmam que a economia capitalista da Europa segue agonizando. Muitos países da região estão em recessão e não há sinais de retomada da produção e do consumo. As maiores vítimas deste colapso do sistema são os trabalhadores. Os índices de desemprego na Europa são assustadores – algumas nações ostentam taxas superiores a 20%, as maiores da sua longa história. A juventude é a mais atingida por esta tragédia. Na Espanha, por exemplo, o desemprego entre os jovens supera o patamar dos 50%. Diante deste cenário, os capitalistas europeus aproveitam para arrochar ainda mais salários e para golpear antigos direitos trabalhistas. A barbárie se aprofunda no velho continente.
Em artigo recente, o próprio “Financial Times”, a bíblia dos neoliberais, reconheceu que as medidas de austeridade fiscal adotadas na região não surtiram efeito. “A economia da zona do euro ficou estagnada no segundo trimestre, colocando mais dúvidas sobre a recuperação do bloco de 18 países e aumentando a pressão para que o Banco Central Europeu tome medidas para impulsionar o crescimento”. A retração de abril a junho foi “reflexo dos maus resultados dos três gigantes do bloco... Alemanha e Itália (a primeira e a terceira maiores economias da zona do euro, respectivamente) tiveram contração no segundo trimestre ante os três primeiros meses de 2014. Já a economia francesa ficou estagnada”.
No Brasil, a mídia colonizada evita realçar a atual fase regressiva e destrutiva da Europa por duas razões básicas. A primeira é que isto a obrigaria a confessar o desastre causado pelo sistema capitalista. A segunda é que ofuscaria suas críticas ao governo Dilma Rousseff. Apesar dos reflexos negativos na economia brasileira, que não é uma ilha, o país ainda está mais bem situado do que a Europa. As taxas de desemprego são das menores da história do Brasil; não há retração dos salários e nem retirada de direitos trabalhistas. A mídia tucana evita contextualizar a crise com objetivos meramente eleitorais, visando criar um clima de pessimismo no país para ajudar os candidatos identificados com o projeto neoliberal.
Estes dados confirmam que a economia capitalista da Europa segue agonizando. Muitos países da região estão em recessão e não há sinais de retomada da produção e do consumo. As maiores vítimas deste colapso do sistema são os trabalhadores. Os índices de desemprego na Europa são assustadores – algumas nações ostentam taxas superiores a 20%, as maiores da sua longa história. A juventude é a mais atingida por esta tragédia. Na Espanha, por exemplo, o desemprego entre os jovens supera o patamar dos 50%. Diante deste cenário, os capitalistas europeus aproveitam para arrochar ainda mais salários e para golpear antigos direitos trabalhistas. A barbárie se aprofunda no velho continente.
Em artigo recente, o próprio “Financial Times”, a bíblia dos neoliberais, reconheceu que as medidas de austeridade fiscal adotadas na região não surtiram efeito. “A economia da zona do euro ficou estagnada no segundo trimestre, colocando mais dúvidas sobre a recuperação do bloco de 18 países e aumentando a pressão para que o Banco Central Europeu tome medidas para impulsionar o crescimento”. A retração de abril a junho foi “reflexo dos maus resultados dos três gigantes do bloco... Alemanha e Itália (a primeira e a terceira maiores economias da zona do euro, respectivamente) tiveram contração no segundo trimestre ante os três primeiros meses de 2014. Já a economia francesa ficou estagnada”.
No Brasil, a mídia colonizada evita realçar a atual fase regressiva e destrutiva da Europa por duas razões básicas. A primeira é que isto a obrigaria a confessar o desastre causado pelo sistema capitalista. A segunda é que ofuscaria suas críticas ao governo Dilma Rousseff. Apesar dos reflexos negativos na economia brasileira, que não é uma ilha, o país ainda está mais bem situado do que a Europa. As taxas de desemprego são das menores da história do Brasil; não há retração dos salários e nem retirada de direitos trabalhistas. A mídia tucana evita contextualizar a crise com objetivos meramente eleitorais, visando criar um clima de pessimismo no país para ajudar os candidatos identificados com o projeto neoliberal.
19 de agosto de 2014
https://www.alainet.org/pt/articulo/102560
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