25 de novembro de 2005, Dia contra a violência às mulheres.
Campanha: não à violência contra as mulheres do campo
25/11/2005
- Opinión
As mulheres do campo vivem acuadas pelas múltiplas expressões de violência capitalista e patriarcal, que não só nos relega às mais rudes condições de vida, que em si mesmas acarretam diversas situações de exclusão, mas que estão cheias de práticas machistas que se expressam no cotidiano, na casa, na sociedade, nas relações pessoais e políticas, na negação da validade de nossos conhecimentos e econômica e em muitos outros aspectos. Na investida de controle territorial e expansão do modelo agro-exportador que veio acompanhada da militarização do campo, as mulheres enfrentam situações de guerra cotidiana: a da sobrevivência no campo e de mantimento deste como entidade social e espaço de vida; a das repercussões diretas e indiretas da violência militar; a da repressão e até a da violência militar de nossas lutas. Adicionalmente enfrentamos as violências que são infringidas às mulheres, somente pelo fato de sê-las: a violência doméstica e sexual, os crimes passionais, as mutilações genitais, o tráfico sexual, a perseguição, e até o feminicídio. No caso das crianças do campo, além da perseguição permanente do urbano-centrismo que anula suas projeções de vida, o incesto, o abuso sexual e as diferentes formas de violências, são partes de uma ameaça cotidiana contra a dignidade. Por estes motivos a Via Campesina Internacional faz um chamado de mobilização mundial para erradicar a violência contra as mulheres do campo como aspecto indispensável para a criação de um mundo justo e respeitoso dos direitos humanos, pois temos a convicção de que a igualdade entre os gêneros só poderá se concretizar quando as mulheres possam participar integralmente em todos os aspectos da sociedade, expectativa que poderá transformar-se em um contexto livre de violência e repressão. Por um mundo camponês solidário e livre de violência contra as mulheres. Globalizemos a luta, globalizemos a esperança. VIA CAMPESINA INTERNACIONAL
https://www.alainet.org/pt/articulo/113684
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