Mensagem urgente para a Venezuela

06/06/2012
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Temos que gerar uma mobilização comunicacional mundial. Ninguém pediu para mim, mas proponho que, em massa, comecemos a mandar recados, mensagens e comunicados urgentes ao povo revolucionário da Venezuela. Seria bom falar com eles ao pé do ouvido, coisas de irmãos, de amor fraterno, de necessidade e de urgência. Por exemplo: “Venezuelanos, camaradas, seus votos também nos representam na Bolívia, em Cuba, no Equador, na Nicarágua, na Colômbia, no México…! Saiam e votem em nome de todos nós, saiam e triunfem mais uma vez, com sua fortaleza moral, com sua revolução a galope, saiam como nunca e triunfem como se deve. Expressar a solidariedade internacional não implica ignorar nem anular os debates internos que possam ter um valor substancial, mas que não devem impedir multiplicar nossas forças apoiados, também, na mobilização de países irmão. Que ninguém fique em casa, que ninguém eluda sua responsabilidade de votar por todos nós. É pedir demais?”
 
Ninguém pediu para mim, mas sinto a necessidade e a pressa (acaso por impotência) de chamar a quem der e como puder para convencê-lo de se conectar com a Venezuela. Convencê-lo de sabê-la e de senti-la, convencê-lo de entendê-la e acompanhá-la com o que tiver e como se deve. Convencê-lo, em fim, de fazer saber à revolução venezuelana quanto nos importa e quanto a precisamos triunfante e contundente. Não estaria mal.
 
Vejam só. A Venezuela tem levado a luta de classes a um plano mais avançado que tinha sido silenciado de mil maneiras. Quase seria necessário agradecer a seus agressores e golpistas a diversidade de canalhices, a velocidade e a abjeção investidas para organizar seus ataques porque isso nos simplifica as tarefas, nos poupa esforços e nos esclarece o caminho da revolução. Hoje fica extremamente claro que a Revolução Venezuelana nos beneficia a todos (a todos os proletários que buscamos a unidade) para encurtar distância entre a realidade que nos constrange e a consciência que precisamos para agir corretamente. O povo revolucionário da Venezuela se propôs destruir a burguesia, isso é um grande exemplo, é uma inspiração e é uma conquista magnífica. É preciso que se expanda e aprofunde. Votem todos.
 
Vejam só. As conquistas exemplares da Revolução Venezuelana em matéria de saúde, moradia, educação e emprego… são, entre mil coisas, um presente e uma escola que, em um tempo brevíssimo que leva a revolução, já produziu benefícios diretos e indiretos a muitos povos e camaradas latinoamericanos (nem somente). A lista é enorme se só tomarmos como exemplo a contribuição das “Missões” que abrem os olhos vencendo doenças, que abrem os olhos da alma e do pensamento.
 
Vejam só.  A Venezuela com a sua revolução socialista nos deu de presente a certeza definitiva de que a luta pela dignidade conduz ao triunfo das aspirações democráticas mais profundas e sinceras dos povos. A palavra desta Venezuela revolucionária é hoje no mundo a palavra da esperança e do compromisso que anima muitos e que faz os povos acordarem. Devemos a esta Venezuela revolucionária sua fortaleza simbólica, sua riqueza histórica, seus valores combativos e sua moral guerreira que, apesar dos pesares, endógenos e exógenos, não perde o rumo e não perde a calma.
 
Vejam só. As cifras da Venezuela, ainda no momento da pior crise econômica mundial (ocasionada pelo capitalismo e suas perversões) mantêm seu ritmo real de crescimento e seus programas fundamentais de desenvolvimento revolucionário. Nenhum país europeu com a arrogância de se chamar “primeiro mundo” consegue dizer (neste momento) o mesmo. A Venezuela tem dado passos firmes em direção ao planejamento da economia subordinada ao benefício coletivo e a subordinação da política à vontade democrática e a justiça social. Existem números aos montes. Muito poucos podem se exibir com isso.
 
Por isto e mais, proponho que nos proponhamos a tarefa de fazer saber à Venezuela quanto nos importa e quanto de vital tem para todos nós uma vitória democrática contundente em suas próximas eleições; façamos-lhes saber, de mil maneiras, o que foi que aprendemos, o que recebemos de seu esforço, talento e exemplaridade revolucionária. Façamos-lhes saber que suas vitórias nos fazem falta na medida em que eles realizam o que muitos não podemos. Por enquanto.
 
Mas se trata de fazer saber tudo isso para animar os convencidos, os que têm dúvidas e aos não convencidos também. Para mobilizar uma corrente positiva mundial que seja contagiosa e que estimule a todos a votarem nas próximas eleições. Que se atinjam números recorde, que a afluência seja inédita. Que saiam todos e que votem todos acompanhados fraternalmente por centenas de povos irmãos que se sabem beneficiados e corresponsáveis pela ascensão da revolução e a sua multiplicação mundial. Que consigamos falar ao coração de cada venezuelano e também ao pensamento de cada venezuelano que leva nas costas o trabalho de aprofundar a revolução para que saibam quanto valem para nós fora de seu país e quanto nos importa sua obra coletiva e socialista. Que sintam, então, em suas mãos (na hora de votar) a responsabilidade histórica e o privilégio de ter o pulso irmão de milhões de almas solidárias no mundo todo.
 
 Trata-se de abrir um espaço para uma campanha internacionalista que conte para a Venezuela a importância de seus votos e quanto nos urge, em cada país, sua vitória exemplar nas próximas eleições. Pedir por todos os meios mensagens para o povo revolucionário da Venezuela, que contem por que é tão valioso seu voto e por que a revolução venezuelana é responsabilidade internacional. Trata-se de encontrar um e mil jeitos de fazer as mensagens chegarem… e depois encaminhá-las para que se mostrem em toda a mídia alternativa e comunitária, imprensa operária, imprensa de movimentos sociais, imprensa universitária… blogs, páginas, twitters… A ideia é gerar uma mobilização comunicacional que chegue a todos (incluídos os indecisos) para que saiam para votar porque um continente inteiro acompanha as eleições e depende também de sua vitória.
 
Você ajuda?
 
 
 
- Dr. Fernando Buen Abad Domínguez
Universidad de la Filosofía
https://www.alainet.org/pt/articulo/158558?language=es
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