Manifestação denuncia retrocessos socioambientais do governo
18/06/2012
- Opinión
Nesta segunda-feira (18), cerca de duas mil pessoas saíram às ruas do Rio de Janeiro para denunciar os retrocessos socioambientais do governo Dilma. Diante do falso discurso de progresso levado pelo Brasil à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a manifestação, chamada de Marcha à Ré da Rio +20, teve como objetivo protestar contra a presidenta Dilma Rousseff, apontando suas contradições desenvolvimentistas que retrocederam à agenda socioambiental.
Segundo a organização da manifestação, mesmo com toda a mobilização nacional pelo “Veta, Dilma”, a presidenta não atendeu aos pedidos da população de vetar integralmente o texto que altera o Código Florestal, "incitando o desmatamento e a impunidade". Além disso, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é marcada pelo desprezo às regras de licenciamento, às condicionantes ambientais e à necessidade de consulta à população indígena afetada.
"A gestão atual reduziu ainda as unidades de conservação, o poder de fiscalização do Ibama e a regularização fundiária, o que resultou no aumento da violência no campo", disse em nota a coordenação da manifestação. Nesse sentido, a marcha critica o atual modelo de desenvolvimento do país e encontra embasamento na declaração feita pelos próprios funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes e Ministério do Meio Ambiente que, recentemente, denunciaram as pressões que sofrem do governo federal.
O protesto integra a campanha "Rio+20: Dilma, com que cara você chega?", uma ação articulada pelo Brasil Pelas Florestas, de São Paulo (SP); Comitê Fluminense em Defesa das Florestas, do Rio de Janeiro (RJ); e Comitê Universitário em Defesa das Florestas, de Brasília (DF). "Os três movimentos sociais são pacíficos, apartidários, sem vínculos com instituições ou empresas, e representam brasileiros conscientes e mobilizados por um país que vá além do discurso e parta para uma real política de sustentabilidade", explicou a organização da campanha em nota. (do Brasil pelas Florestas)
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