Temer não terá a ajuda do Moro para anular as perguntas da PF

06/06/2017
  • Español
  • English
  • Français
  • Deutsch
  • Português
  • Opinión
michel_temer_2_peq_-_marcelo_camargo_-_agencia_brasil.jpg
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
-A +A

A corda aperta cada vez mais o pescoço de Michel Temer; o conspirador está cercado por todos os lados. Será difícil a ele, e também ao seu bando, resistir no cargo para se livrar da prisão.

Avançou no STF a investigação de Temer pelos vários crimes revelados: [1] obstrução de justiça, [2] corrupção, [3] prevaricação e organização criminosa.

No STF Edson Fachin aceitou a denúncia de Rodrigo Janot e autorizou a PF a colher depoimento de Temer sobre o conteúdo da conversa noturna e clandestina que manteve com o dono da JBS, Joesley Batista, no Palácio do Jaburu, a residência oficial.

Diga-se de passagem, Temer é a primeira autoridade máxima do Brasil a ser flagrada roubando e, por isso, submetida a tal vexame investigativo. Uma vergonha mundial.

Nunca antes, em toda a história do país – desde os monarcas no período do Império, passando pelos ditadores e presidentes, em todo o período republicano – um agrupamento político exibiu tais traços de banditismo como o “governo de ladrões” [“cleptocracia”, em grego] de Michel Temer.

A PF preparou 84 perguntas para Temer. Desta vez, contudo, ele não poderá contar com a ajuda do juiz Sérgio Moro que, assim como Gilmar Mendes, é o melhor amigo-juiz que ele poderia ter.

Como o melhor advogado de defesa do Temer, por exemplo, em novembro de 2016 Sérgio Moro livrou Temer de responder 21 perguntas incômodas das 41 que Eduardo Cunha questionava-o sobre João Henriques e José Yunes, dois personagens centrais dos esquemas de propinas da camarilha.

Com exceção da renúncia do Temer, um gesto que teria efeitos instantâneos e benéficos para o país, todos os demais caminhos para o afastamento do usurpador demandarão ritos e tempos enormes, incompatíveis com a urgência requerida para o Brasil sair do caos no qual os golpistas o meteram.

Caso Temer relute em renunciar, é necessário um consenso nacional para pôr fim a esta verdadeira excrescência que empurra cada vez mais o Brasil para o precipício.

O PSDB, que foi agente ativo do golpe, segue sendo a principal fonte de sustentação do Temer, e será cobrado com juros por esta que já é a maior tragédia da história brasileira.

A única saída capaz de estabilizar o país é Fora Temer e Eleições Gerais Já.

https://www.facebook.com/jefmiola/posts/296148104128504
 

https://www.alainet.org/pt/articulo/185956
Subscrever America Latina en Movimiento - RSS