85 ricaços e 202 milhões sem empregos
23/01/2014
- Opinión
A ONG britânica Oxfam divulgou nesta segunda-feira (20) um relatório espantoso, revoltante. Ele revela que o patrimônio das 85 pessoas mais ricas do planeta equivale às posses de metade da população mundial. Segundo o documento intitulado “Working for the Few”, publicado na semana do elitizado Fórum Econômico de Davos, esta reduzidíssima minoria de ricaços têm um patrimônio de US$ 1,7 trilhão, o equivalente às posses de 3,5 bilhões de pessoas do planeta. O relatório ainda afirma que a riqueza do 1% dos bilionários está aumentando e já atinge um total de US$ 110 trilhões, 65 vezes a riqueza da metade mais pobre da população mundial.
Segundo a Oxfam, apesar da violenta crise do sistema capitalista, nos últimos anos a riqueza ficou ainda mais concentrada nas mãos de poucos. “Este fenômeno global levou a uma situação na qual 1% das famílias são donas de quase metade (46%) das riquezas do mundo... No último ano, 210 pessoas se tornaram bilionárias, juntando-se ao seleto grupo de 1.426 indivíduos com um valor líquido combinado de US$ 5,4 trilhões... É chocante que no século 21 metade da população do mundo - 3,5 bilhões de pessoas - não tenha mais do que a minúscula elite cujos números podem caber confortavelmente em um ônibus de dois andares”, critica Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam.
“Sem um esforço concentrado para enfrentar a desigualdade, a cascata de privilégios e de desvantagens vai continuar pelas gerações. Em breve vamos viver em um mundo onde a igualdade de oportunidades é apenas um sonho”, garante Byanyima. Ela festejou apenas o fato de que alguns países, especialmente na América Latina, estão conseguindo reverter esta tendência. “Todos os países de alta renda do G20 (exceto a Coreia do Sul) estão vivendo o crescimento da desigualdade, enquanto o Brasil, México e Argentina estão vendo um declínio destes níveis”. Ela ainda fez questão de elogiar o Brasil, afirmando que o país teve “sucesso significativo na redução da desigualdade desde o início do novo século”.
Recorde de desemprego
Segundo a Oxfam, apesar da violenta crise do sistema capitalista, nos últimos anos a riqueza ficou ainda mais concentrada nas mãos de poucos. “Este fenômeno global levou a uma situação na qual 1% das famílias são donas de quase metade (46%) das riquezas do mundo... No último ano, 210 pessoas se tornaram bilionárias, juntando-se ao seleto grupo de 1.426 indivíduos com um valor líquido combinado de US$ 5,4 trilhões... É chocante que no século 21 metade da população do mundo - 3,5 bilhões de pessoas - não tenha mais do que a minúscula elite cujos números podem caber confortavelmente em um ônibus de dois andares”, critica Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam.
“Sem um esforço concentrado para enfrentar a desigualdade, a cascata de privilégios e de desvantagens vai continuar pelas gerações. Em breve vamos viver em um mundo onde a igualdade de oportunidades é apenas um sonho”, garante Byanyima. Ela festejou apenas o fato de que alguns países, especialmente na América Latina, estão conseguindo reverter esta tendência. “Todos os países de alta renda do G20 (exceto a Coreia do Sul) estão vivendo o crescimento da desigualdade, enquanto o Brasil, México e Argentina estão vendo um declínio destes níveis”. Ela ainda fez questão de elogiar o Brasil, afirmando que o país teve “sucesso significativo na redução da desigualdade desde o início do novo século”.
Recorde de desemprego
Na mesma semana em que a Oxfam denunciou o acumulo de riqueza nas mãos de 85 ricaços, a Organização Internacional do Trabalho divulgou um estudo que aponta que 202 milhões de pessoas estão sem emprego no mundo. Os dados se referem a 2013 e indicam um aumento de mais 5 milhões de desempregados no planeta. Pela tendência atual da economia capitalista, a OIT estima que o número de desempregados aumente em mais 13 milhões até 2018. As principais vítimas deste cenário horripilante, ainda segundo o organismo tripartite, são os jovens, com idade entre 15 e 24 anos. Os índices de desemprego nesta camada da sociedade são ainda mais alarmantes, deixando a juventude sem qualquer perspectiva.
A OIT ainda adverte para o aumento do trabalho precário, que hoje representa 48% do emprego total no planeta. Estes assalariados precarizados têm salários menores e pouco acesso à seguridade social. O número de trabalhadores nessa situação aumentou cinco vezes mais do que nos anos precedentes a da crise de 2008. Os dois relatórios – da Oxfam e da OIT – confirmam a lógica destrutiva do capitalismo. Os ricos cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais miseráveis. Eles deverão produzir suspiros de indignação entre os bilionários reunidos no Fórum Econômico de Davos, que logo serão dissipados pelos ventos dos Alpes suíços.
A OIT ainda adverte para o aumento do trabalho precário, que hoje representa 48% do emprego total no planeta. Estes assalariados precarizados têm salários menores e pouco acesso à seguridade social. O número de trabalhadores nessa situação aumentou cinco vezes mais do que nos anos precedentes a da crise de 2008. Os dois relatórios – da Oxfam e da OIT – confirmam a lógica destrutiva do capitalismo. Os ricos cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais miseráveis. Eles deverão produzir suspiros de indignação entre os bilionários reunidos no Fórum Econômico de Davos, que logo serão dissipados pelos ventos dos Alpes suíços.
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