A possibilidade teológica de uma refundação da Igreja sob o Papa Francisco
20/03/2014
- Opinión
É opinião de não poucos teólogos que o atual modelo hierárquico e concentrador de Igreja já exauriu suas potencialidades históricas e espirituais por não saber encontrar uma saída (palavra predileta do Papa) do emaranhado institucional em que se meteu, estruturada ao redor do poder sagrado, exercido de forma absolutista e, por isso, incapaz de dirigir-se ao homem das liberdades modernas. A proposta do Papa Francisco é: ”ñao tenhamos medo de rever” (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, a partir de agora EG n.43).
Em suas palavras: ”sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal adequado mais à evangelização do mundo atual que à auto-preservação (EG n. 27). Tem consciência de que tal intento comporta certas rupturas indispensáveis: “não se deve pensar que o anúncio evangélico tenha de ser transmitido sempre com determinadas fórmulas pré-estabelecidas” (EG n. 129) “porque a fé não se pode confinar dentro dos limites de compreensão e expressão de uma cultura” (a ocidental: GE n.118), porquanto “uma única cultura não esgota o mistério da redenção de Cristo” (GE n.118). Ao contrário, “o que se deve procurar é que a pregação do Evangelho, expressa com categorias próprias da cultura onde é anunciado, provoque uma nova síntese com essa cultura” (EG n.129).
Afirmações desta ousadia só são possíveis na boca de um Papa que já não é mais refém dos esquemas envelhecidos da cristandade européia, crepuscular e minoritária em termos numéricos (24% dos católicos). A linguagem deste tipo de Igreja perdeu frescor e sua teologia é mais e mais repetitiva e tediosa.
O Papa vem de outra experiência de Igreja, periférica, mais leve e colorida, mais flexível e que ganhou os tons e os sons de sua encarnação nas diferentes culturas existentes no Continente latino-americano. Sente-se livre para um novo ensaio de Igreja, à semelhança do Cristianismo dos primórdios quando penetrou na cultura greco-latina, e mais tarde, germânica. Só assim estará à altura dos desafios internos e externos, especialmente face à devastadora crise do sistema-vida e do sistema-Terra que assola toda a humanidade e que não poupa sequer a Igreja.
Para operar a refundação da Igreja, o Papa, limpa previamente o terreno em duas frentes: no âmbito político-econômico e no âmbito eclesiástico.
A partir de que mundo fala o Papa? da economia política de exclusão e de desigualdade social
O Papa Francisco é contundente: condena o atual sistema econômico-financeiro “como injusto em sua raiz” (GE n.59), proferindo um rotundo “não à economia da exclusão e da desigualdade social; esta economia mata… faz do ser humano um bem de consumo que pode ser usado e depois lançado fora… os excluídos não são ‘explorados’, mas simplesmente resíduos e sobras”(GE n.53).
Confere absoluta centralidade aos pobres: ”não devem subsistir dúvidas nem explicações que debilitem esta mensagem claríssima. Hoje e sempre, “os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho” (GE n.48). Reforça a ideia com estas palavras sem qualquer precondições: ”ninguém pode sentir-se exonerado da preocupação pelos pobre e pela justiça social”(EG 201).
Tais palavras, também proferidas pelos Papas anteriores, ficavam apenas palavras. Eles nunca se encontravam afetiva e efetivamente com os pobres. Dai também sua dificuldade de entenderem a teologia da libertação que fez da opção pelos pobres contra a pobreza e a favor da justiça social, sua marca registrada. Este Papa, ao contrário, vai ao encontro dos pobres onde quer que estejam, na favela Varginha no Rio de Janeiro, na ilha de Lampedusa, na Córsega, naquela figura de Vinicio Riva, de aparência horripilante, acometido de neurofibramatose que deforma totalmente o corpo. O Papa celebra seu aniversário no dia 17 de novembro, tomando café com pobres de rua, abraça longamente os socialmente desprezados, coloca as mãos sobre suas deformações e passa-lhe a experiência de que ele é um humano como todos nós. Ataca o coração ideológico e pervertido do sistema econômico neoliberal ao dizer: ”não podemos mais confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado” (EG n. 204).
A atitude do Papa face à economia é profético-denunciatória. Acusa-a com uma palavra dura da tradição: «Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são nossos, mas deles, os bens que deles subtraimos” (EG n. 57). Ao mesmo tempo assume um comportamento ético-político: o de estar do lado dos pobres. Uma das metas da evangelização é “a inclusão social dos pobres” (GE n. 17), que constitui “o critério-chave de autenticidade da evangelização” (GE n. 95). Parece-nos ouvir a palavra forte e evangélica do teólogo salvadorenho da libertação, seu confrade jesuita, Jon Sobrino: ”fora dos pobres não há salvação”.
A partir de que Igreja fala o Papa? “de uma Igreja sem saída”.
O Papa Francisco tem consciência de que o modelo romanocêntrico e eurocêntrico está “sem saída”; não apresenta mais condições de resgatar o frescor do evangelho e a alegria que a mensagem cristã produz. Gerou-se o que ele chama de “desertificação espiritual” (GE n. 86) A proposta de refundação está toda centrada no encontro pessoal com o Jesus histórico, não idealizado pelas ideologias posteriores de magnificação, mas com o Jesus dos evangelhos que se fez pobre, simples, humilde e que peregrinou no meio do povo legando-nos o evangelho da fraternidade universal e dignidade de sermos filhos e filhas de Deus, semelhante a ele, Filho do Pai que decidiu morar em nosso meio, legando-nos a mensagem do amor incondicional, da misericórdia e da ternura para com os humildes.
Toda renovação da Igreja vem imbuída da ideia de missão. Mas entendamos corretamente a missão. Não se trata de conquistar pessoas para a religião cristã, mas libertar as pessoas para as outras pessoas; “insistimos na proposta de reconhecer o outro, de curar as feridas, de construir pontes, de estreitar laços e de nos ajudarmos “a carregar as cargas uns dos outros” (Gal 6, 2 GE n. 67). Enfatiza o Papa: “a Igreja não cresce por proselitismo mas por atração” (GE n.14). Abandona a tradicional expressão “nova evangelização” pela outra mais rica “conversão pastoral” de toda a Igreja no sentido de acercar-se das pessoas e caminhar com elas.
Estas mudanças fundamentais incluem o próprio papado (cf. GE n. 32). Notável foi a metáfora usada em sua entrevista à revista dos jesuitas Civiltà Cattolica de setembro de 2013: “vejo com clareza crescente que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha….As pessoas têm de ser acompanhadas, as feridas têm de ser curadas. As reformas organizativas e estruturais são secundárias, isto é, vêm depois. A primeira reforma deve ser a da atitude. Os ministros do Evangelho devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de saber dialogar e mesmo de descer às suas noites, na sua escuridão, sem perder-se. O povo de Deus quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado.” Na sua fala aos bispos do CELAM no Rio de Janeiro cobrou-lhes “uma revolução da ternura”.
Toda a Exortação Apostólica Gaudium Evangelii vem perpassada de alegria, de esperança e de audácia inovadora. Quer uma Igreja casa de todos e para todos, sem o emaranhado confuso de doutrinas. Elabora uma posição fundada no realismo filosófico segundo o qual a realidade sempre desborda do conceito ou “a realidade é superior à ideia” (GE n.231). Esse princípio da primazia da realidade sobre sua representação evita que “a ideia fique desligada da realidade e dê origem a idealismos e nominalismos ineficazes que, no máximo, classificam ou definem, mas não empenham” (GE n. 232). É o que mais ocorreu na Igreja europeia desde a Reforma protestante: a inflação do doutrinário sobre o pastoral, da ordem sobre a criatividade, da conservação sobre a invenção.
Em grande parte o Magistério perdeu o bom senso porque simplesmente se fechou sobre si mesmo, gestou a ideologia do infabilismo papal, alienou-se do curso da história humana ou se opôs frontalmente a ela. As coisas mais óbvias em pastoral e moral eram colocadas sob suspeita para perplexidade e até escândalo dos fiéis.
O Papa Francisco tenta resgatar a obviedade da vida e traduzir a mensagem cristã numa linguagem que todos possam entender. Acusa de pecado o “deveriaquerismo” (neologismo para dizer “o que se deveria fazer” e na verdade não se faz).
Mostra especial dureza contra o “mundanismo espiritual” (GE n.93 passim) daqueles cristãos que, ao pretenderem evangelizar, especialmente pelos canais de televisão, mais se anunciam a si mesmos e “cuidam mais de sua aparência”, num “exibicionismo litúrgico” (GE n. 95), com cores espalhafatosas do que da mensagem evangélica. São autoreferenciais, com uma “autocontemplação egocêntrica” (GE n.95). Espontaneamente nos vem à mente figuras mediáticas conhecidas, mais showmans que evangelizadores. Outros de uma “tristeza melosa” (GE n.83) desenvolveram uma “psicologia de túmulo que pouco a pouco trasformam os cristãos em múmias de museu” (GE n.83). Outros ainda “transformam a vida da Igreja numa peça de museu ou numa possessão de poucos” (GE n.95).
Com humor afirma que há evangelizadores “com cara de funeral” (GE n.10), que vivem uma permanente “quaresma sem páscoa” (GE n.6), “pessimistas, lamurientos e desencantados com cara de vinagre” (GE n.85), com atitudes “de generais de exércitos derrotados” (GE n. 96). Palavras inauditas na escrita de um Papa.
O que o Papa Francisco favorece são cristãos ousados, inovadores que ousam “primeirear” (ou neologismo papal) para dizer que se dispõem a serem os primeiros no envolvimento e no compromisso de anunciar a alegria e a beleza do encontro dom Jesus. ( GE n. 20). São os abridores de “saídas” para a Igreja. A palavra “saída” é uma categoria que atravessa toda a Exortação. Mostra uma Igreja que deixa para trás a saudade de seu castelo medieval e “sai” para mergulhar no mundo moderno complexo e contraditório mas sedento de sentido e da Palavra. Estas sentenças resumem o sentido da “saída”: “saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo. Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter “saído” pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças, presa num emaranhado de obsessões e procedimentos” (GE n.49).
As reformas que o Papa Francisco preconiza fazer, no papado, na Cúria Romana, na descentralização das várias funções institucionais, pretendendo conferir poder de decisão às mulheres e dando centralidade à categoria “povo de Deus” e a partir daí uma inclusão forte dos leigos e leigas na definição dos caminhos da Igreja, vão delinear outro rosto à Igreja Católica, aberta ao diálogo ecumênico e inter-religioso. Enfim, uma Igreja do século XXI.
Uma Igreja com “saída”: a sua refundação
O Papa Francisco partiu da percepção aguda de que a Igreja assim como estava, era uma Igreja sem ”saída”. Ele propôs uma “saída”: ao sonho, ao frescor e ao fascínio e à volta ao Jesus histórico. Tal volta, face ao que havia anteriormente, significa uma verdadeira refundação da Igreja. Para entender corretamente esta afirmação temos que limpar, primeiramente, o terreno.
O que vou explanar vai seguramente causar perplexidade aos cristãos que não tiveram a oportunidade de se aprofundar nas questões teológicas. A grande maioria – o os catecismos são responsáveis em grande parte por este estreitamento – imaginam que a Igreja nasceu toda pronta das mãos de Cristo. Os estudos exegéticos e teológicos de mais de dois séculos tem mostrado como foi complexa a formação daquilo que chamamos hoje de Igreja concretamente considerada.
Mas antes de detalharmos esta espinhosa questão devemos analisar corretamente a frase que somente ocorre em São Mateus (Sondergut) 16,18: fala Jesus: ”eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. O contexto revela qual o verdadeiro sentido desta frase.
Jesus coloca à prova a fé dos Apóstolos: ”vós quem dizeis que eu sou? Simão Pedro, adiantando-se, tomando a palavra f disse :”Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. Em resposta falou Jesus: bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue quem te revelou mas o Pai que está nos céus. Por isso eu te digo: tu és Pedro…etc. ( 16,15-18).
Reparemos bem: o que fez Simão ser Pedro e pedra não é a sua pessoa, mas a sua profissão de fé. A fé de Pedro ocupa o centro. É sobre esta fé em Jesus como Cristo e Filho de Deus, proferida pela primeira vez por Simão Pedro, que se construirá sempre a Igreja ontem e hoje. O importante não foi a sua pessoa mas a sua fé. Os versos seguintes deixam isso claro. Jesus trata a pessoa de Pedro: não de “bem-aventurado” mas de “Satanás” e “pedra de escândalo” “porque não entendeu as coisas de Deus mas as dos homens”. Embora tenha professado corretamente a fé, a entendeu falsamente. Imaginou um Jesus, messias político libertador e não o Messias sofredor, aquele que “iria sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas” (16,21). Portanto, a Igreja se constrói sobre a fé de Pedro e de todos os seguidores nos séculos posteriores que irão repetir a mesma profissão de fé. Sem essa fé não há Igreja. Por isso a definição teológica mais correta e real de Igreja é “comunidade dos que tem fé” (communitas fidelium).
Este é o sentido original, entendido desta forma nos primeiros séculos e somente posteriormente, nas polêmicas sobre qual Igreja teria a primazia sobre as outras, começou a se colocar o acento sobre a pessoa de Pedro e não sobre o que, verdadeiramente conta, a sua fé. Onde pessoas se reunirem ao redor desta fé professada por Pedro, ai nasce a Igreja, seja debaixo de uma mangueira, seja numa comunidade de periferia, seja num pequeno grupo que se deixa envolver na fé com a causa de Jesus. Ai estará a Igreja e a presença do Cristo. Esclarecido este ponto, podermos avançar na compreensão de uma possível refundação da Igreja.
Para que surgisse a Igreja três precondições se fizeram necessárias: a primeira é a rejeição e a execução de Jesus na cruz o que teve como efeito que sua mensagem central, o Reino, não pudesse se realizar; a segunda é que a expectativa dos Apóstolos e dos primeiros cristãos (cf. a primeira Epístola aos Tessalonisenses dos anos 51/52, o primeiro escrito do Novo Testamento) de que Jesus voltaria logo em pompa e glória não se realizou. São Lucas bem o entendeu ao dizer, logo no início dos Atos dos Apóstolos, que Jesus não é aquele que vem mas aquele foi, pois subiu ao céu; isso criou espaço para que surgisse algo que levasse avante a mensagem de Jesus; a terceira foi a decisão dos Apóstolos de fundarem a Igreja como algo autônomo, de “saírem” e de deixarem de ser uma seita judaica que vivia em comunidade de bens em Jerusalém e frequentava o templo para rezar.
Reuniram-se em Concílio em Jerusalém e decidiram: ”Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós” de “sairmos” para os gentios. Tomaram elementos da mensagem de Jesus (suas palavras, a eucaristia, o batismo e os Doze) e fundaram a Igreja concreta. A Igreja, usando a linguagem do Papa Francisco, nasceu desta “saída” para os gentios e para o mundo; caso contrário teria continuado a ser uma seita judaica, restrita à Palestina.
Portanto, em seus elementos essenciais, ela foi preformada pelo Jesus histórico. Mas não só. Foi preciso a decisão dos Apóstolos de assumirem a coragem de “saírem” pelo mundo, sob a inspiração do Espírito Santo, fundando comunidades que nos alcançam até os dias de hoje.
Quem descreveu finamente este processo de composição entre os elementos de Jesus e a decisão dos Apóstolos foi o teólogo Joseph Ratzinger, depois Papa Bento XVI, no seu inspirado livrinho “O destino de Jesus e a Igreja: a Igreja em nossos dias (Paulinas, São Paulo 1969, 9-29). Ele se apoia fundamentalmente nas teses de um teólogo evangélico que se converteu ao Catoliciscmo Erik Peterson que escreveu um ensaio revolucionário ainda em 1929 sob o simples título “A Igreja” (Theologische Traktate, Munique 1957, 411-429). Ai aparecem as pre-condições para a constituição da Igreja histórica. Tanto Peterson quanto Ratzinger concluem sabiamente que se a Igreja concreta nasceu de uma decisão dos Apóstolos, iluminados pelo Espírito Santo, então ela continuará a viver se cristãos e homens de fé no Cristo ressuscitado e no seu Espírito continuamente renovarem esta decisão e encarnarem a Igreja nas situações novas que se lhe apresentarem. A Igreja, portanto, não é uma grandeza completamente estabelecida e definida uma vez por todas. Mas apresenta-se sempre aberta a novas “saídas” para poder anunciar na linguagem adequada a cada povo e a cada tempo a mensagem libertadora, alegre e bela de Jesus.
Pois não é exatamente isso que está fazendo o Papa Francisco? Ele está prolongando a decisão dos Apóstolos no Concílio de Jerusalém e com seus 8 cardeais assessores está inaugurando uma “saída” repetindo: ”Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós refundar a Igreja de Cristo para o novo tempo da globalização da humanidade”.
Este será seguramente apenas o primeiro passo. Virão outros que irão configurar institucionalmente a Igreja de outra forma, não mais eurocêntrica, nem vaticanocêntrica, nem papacêntrica, mas jesucêntrica, espíritocêntrica, populocêntrica (centrada na categoria Povo de Deus como o enfatizou várias vezes o atual Papa) globocêntrica.
Houve um homem enviado por Deus para realizar esta missão messiânica. Seu nome é Francisco de Roma, inspirado por Francisco de Assis. Ambos foram chamados, em seu tempo, para restaurar e refundar a Igreja de Cristo e dos Apóstolos. Ela está ocorrendo, seguramente com oposições, mas de forma consequente, coerente e persistente. Termos outro tipo de Igreja, agora no mundo globalizado e não apenas numa parte do mundo, no Ocidente. Será a Igreja de Pentecostes, onde os povos da Terra estavam ai representados. Pentecostes foi apenas o começo. Ele continua e se prolonga ainda hoje.
Leonardo Boff é teólogo brasileiro católico ecumênico e escreveu: Eclesiogênese: a reinvenção da Igreja, Record, Rio de Janeiro 2008.
https://www.alainet.org/pt/articulo/84148?language=es
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