CESA ameaçada de privatização

20/12/2006
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A Companhia Estadual de Silos e Armazéns, (CESA), vinculada a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do RS, é uma das empresas ameaçadas de privatização pelo governo de Yeda Crusius, que inicia sua gestão neste 1º de janeiro.

A CESA foi criada em 1952 com a finalidade de executar a política oficial de armazenagem, prestação de serviços de guarda, preservação e beneficiamento de grãos, regulando o fluxo das safras e proporcionando suporte à comercialização agrícola.

A Companhia possui uma rede operacional de silos, armazéns graneleiros e convencionais, distribuídos em 23 diferentes zonas de produção e escoamento com uma área de influência de 300 municípios no Estado, atendendo em torno de 6.000 clientes/ano.

Embora não tenha o monopólio do mercado no setor em que atua, é a maior organização armazenadora de uso público do Estado, atendendo no sistema de parcerias, pequenos, médios e grandes produtores primários, cooperativas, governos Estadual e Federal (Banco do Brasil e Conab), indústrias e comerciantes.

Segundo o coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Lecian Konrad, a privatização da Companhia representaria uma grande perda, tanto para os agricultores que utilizam a estrutura para armazenagem da produção, como para a população que perde sua principal garantia de segurança alimentar no RS.

Quem forma estoque de produção agrícola no Rio grande do Sul é o Governo Federal, através da CONAB, o que somente é possível utilizando a estrutura da CESA. Sua estrutura permite também que o governo possa interferir no mercado, lançando os produtos armazenados em épocas de pouca oferta, quando este mercado ficaria a critério das empresas que monopolizam os preços.

Para o deputado Estadual, Frei Sérgio Görgen, “o risco de privatização existe, porque a mesma governadora que disse não aumentar impostos, vai aumentar, então nada garante que não vá privatizar a CESA assim como outras estatais” e diz ainda que a sociedade gaúcha deve estar alerta e preparada para impedir esta privatização.

A companhia fecha o ano de 2006 com uma receita de aproximadamente R$ 25 milhões, sendo que a empresa está superavitária desde 2003.
https://www.alainet.org/de/node/118796?language=es
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