Povos indígenas do médio e baixo Rio Negro reivindicam seus direitos
- Opinión
Entre os dias 1 a 3 de julho de 2009 no município de Barcelos aconteceu a I Mobilização dos Povos Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro, onde as autoridades locais foram convidadas para participar do evento como o Prefeito Municipal de Barcelos e os secretários municipais onde nenhum deles compareceu alegando de não ter recebido o convite.
A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro esteve representado pelo seu Diretor Presidente Abrahão de Oliveira França (Baré). Nos três dias de discussão, muito dos participantes se manifestaram pedindo a implantação de educação escolar indígena, melhor atendimento de saúde e ao bem estar do povo indígena do município de Barcelos.
A implantação da Educação Escolar Indígena reivindicado pela população é uma forma de educar e revitalizar as culturas que já há décadas foram deixadas, para que esse novo método de ensino pudesse estimular os jovens a viver dentro da sua própria comunidade aprendendo seus costumes e sua tradição. A saúde os participantes questionaram muito sobre o atendimento nas comunidades, os profissionais saem para área para fazer o seu trabalho e não levam nenhum tipo de medicamento para que possa atender da melhor maneira a população indígena nas comunidades ribeirinhas, quando o paciente é levado para o município muitas vezes ele é mal atendido por que ele é da comunidade.
Na manha de sexta (3) a população se prepara para sair nas ruas do município para reivindicar os seus direitos como cidadão que são. A primeira parada em frente a prefeitura para a entrega de documento nas mãos do vice prefeito onde os manifestantes pediam apoio para as comunidades, a caminhada prosseguiu fazendo a manifestação de reivindicação na Secretaria Municipal de Saúde, Câmara Municipal e finalizando assim no prédio da FUNAI local, solicitando a rapidez no trabalho de identificação para a demarcação das Terras Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro.
Solicitamos a rapidez na identificação para a demarcação das Terras Indígenas, por que estamos sofrendo muito com a invasão dos não indígenas na parte de turismo, pesca esportiva, retirada da madeira e também a extração de seixo, com isso as comunidades que sobrevivem da pesca, da caça e outros, não conseguimos mas ter aquela fartura o que tínhamos a tempos atrás, o que mas nos incomoda é essa devastação da floresta, rios e lagos, afirmou Clarindo.
- Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro - FOIRN