Às vítimas da ALCA
28/07/2002
- Opinión
De que vale ter o fruto se invadem nossa colheita?
Ter a cama e o colchão sem saber quem nela deita?
Ter a música e a poesia e a alegria desfeita?
Se o pão depois de amassado é negado a quem o faz?
Se o sonho de liberdade já liberdade não traz?
Se a terra preparada terá de engolir sementes,
com venenos no embrião, como se a produção não pertencesse à gente?
Fosse usada pelos fungos ou outras espécies de vida!
Com tantas mudanças feitas que sabor terá a comida?
Quase um bilhão de pessoas estão na mira de um “rei”,
que manda as suas empresas,
com a técnica que tem, tomar todas as riquezas,
como se não houvesse ninguém. De que vale ter a água se tomarão nossas fontes?
As florestas e os minérios se as controlam com fuzil?
Será que não somos nada ou nada mais é o Brasil? Como um barco rebocado, arrastam os continentes.
Os povos ficarão soltos, sem trabalho e sem correntes.
Não pensarão em futuro, pois tudo será presente. O império come as fronteiras como as paredes da casa.
Os sonhos perdem a força,
como os pássaros sem asas. O orgulho nacional da bandeira e do hino,
não terão mais seu vigor, o império dita o destino,
a cultura das nações terá substituições, música por toques de sinos. De que vale ter cultura e tanta sabedoria,
se o império traz tristezas e leva toda a alegria,
deixando em nossas cabeças um mundo de fantasias? De que vale ter um povo, e ser tratado como gado?
De que vale ter governo se já não temos o Estado?
De que vale ter igrejas se já não temos pecados?
De que valem os funerais se já não sabemos mais, em que pátria somos enterrados? Se deixarmos isto ir adiante, não teremos descendentes.
Os netos serão caubóis ou multidões de indigentes.
Não terão identidade, nem a possibilidade de viver dignamente.
Aos pobres não resta muito, há só uma alternativa,
ou põem os pés a caminho, como uma locomotiva,
encarando o ”rei” de frente com a força combativa. Não queremos um país isolado por vaidades,
nem ser povo superior aos povos da humanidade.
Queremos anexar-nos pela solidariedade. Pela solidariedade? Sim. E não pela exploração.
Cada povo tem direito a construir sua nação.
Liberdade só existe se houver libertação. Soberania é a palavra de combate ao imperialismo.
Área de livre comércio, é o capital em turismo,
que vem se favorecer, privando a gente de ter,
o sonho do socialismo. Cartas de Amor, Nº 35
Ter a cama e o colchão sem saber quem nela deita?
Ter a música e a poesia e a alegria desfeita?
Se o pão depois de amassado é negado a quem o faz?
Se o sonho de liberdade já liberdade não traz?
Se a terra preparada terá de engolir sementes,
com venenos no embrião, como se a produção não pertencesse à gente?
Fosse usada pelos fungos ou outras espécies de vida!
Com tantas mudanças feitas que sabor terá a comida?
Quase um bilhão de pessoas estão na mira de um “rei”,
que manda as suas empresas,
com a técnica que tem, tomar todas as riquezas,
como se não houvesse ninguém. De que vale ter a água se tomarão nossas fontes?
As florestas e os minérios se as controlam com fuzil?
Será que não somos nada ou nada mais é o Brasil? Como um barco rebocado, arrastam os continentes.
Os povos ficarão soltos, sem trabalho e sem correntes.
Não pensarão em futuro, pois tudo será presente. O império come as fronteiras como as paredes da casa.
Os sonhos perdem a força,
como os pássaros sem asas. O orgulho nacional da bandeira e do hino,
não terão mais seu vigor, o império dita o destino,
a cultura das nações terá substituições, música por toques de sinos. De que vale ter cultura e tanta sabedoria,
se o império traz tristezas e leva toda a alegria,
deixando em nossas cabeças um mundo de fantasias? De que vale ter um povo, e ser tratado como gado?
De que vale ter governo se já não temos o Estado?
De que vale ter igrejas se já não temos pecados?
De que valem os funerais se já não sabemos mais, em que pátria somos enterrados? Se deixarmos isto ir adiante, não teremos descendentes.
Os netos serão caubóis ou multidões de indigentes.
Não terão identidade, nem a possibilidade de viver dignamente.
Aos pobres não resta muito, há só uma alternativa,
ou põem os pés a caminho, como uma locomotiva,
encarando o ”rei” de frente com a força combativa. Não queremos um país isolado por vaidades,
nem ser povo superior aos povos da humanidade.
Queremos anexar-nos pela solidariedade. Pela solidariedade? Sim. E não pela exploração.
Cada povo tem direito a construir sua nação.
Liberdade só existe se houver libertação. Soberania é a palavra de combate ao imperialismo.
Área de livre comércio, é o capital em turismo,
que vem se favorecer, privando a gente de ter,
o sonho do socialismo. Cartas de Amor, Nº 35
https://www.alainet.org/pt/articulo/106175?language=en
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