Dados de 2012

Relatório: Violência contra os povos indígenas no Brasil

26/06/2013
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SUMÁRIO
 
O surdo clamor de um povo não mais será abafado
Dom Erwin Kräutler – Bispo da Prelazia do Xingu e Presidente do Cimi
 
Apresentação
Enfrentamentos ou retrocessos: o embate em curso
Cleber César Buzatto – Secretário Executivo do Cimi
 
Introdução
A dura e dolorosa realidade a que os Povos Indígenas estão submetidos no Brasil
Lucia Helena Rangel – Antropóloga / PUC-SP
Roberto Antonio Liebgott – Missionário leigo atuando no Cimi Regional Sul
 
ARTIGOS
 
“Dia D da saúde indígena”
Julio José Araujo Junior – Procurador da República no Amazonas/AM
Leandro Mitidieri Figueiredo – Procurador da República em São Mateus/ES
Natalia Lourenço Soares – Procuradora da República em Serra Talhada/PE
Walquiria Imamura Picoli – Procuradora da República em São Mateus/ES
 
Selvageria estatal contra o povo Munduruku
Ruy Sposati – Jornalista
 
Capítulo I – Violência contra o patrimônio
Omissão e morosidade na regularização de terras
Conflitos relativos a direitos territoriais
Invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio
 
Capítulo II – Violência contra a pessoa praticada por particulares e agentes do poder público
Assassinatos
Tentativa de assassinato
Homicídio culposo
Ameaça de morte
Ameaças várias
Lesões corporais dolosas
Abuso de poder
Racismo e discriminação étnico culturais
Violência sexual
 
Capítulo III – Violências provocadas por omissão do poder público
Suicídio e tentativa de suicídio
Desassistência na área de saúde
Morte por desassistência à saúde
Mortalidade na infância
Disseminação de bebida alcoólica e outras drogas
Desassistência na área de educação escolar indígena
Desassistência geral
 
Capítulo IV – Violência contra Povos Indígenas Isolados e de pouco contato
Os Povos Indígenas Isolados continuam ameaçados
 
ANEXO
Tabelas resumo da violência contra os Povos Indígenas – Dados de 2012
 
 
O surdo clamor de um povo não mais será abafado
 
“Solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui. (...) Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/ Mbarakay e enterrem-nos aqui”.
 
Com esse pungente e angustiante apelo da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay apresento mais um Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas – Dados de 2012. Para sensibilizar a comunidade nacional e internacional, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sente-se no dever de divulgar a cada ano uma lista de agressões violentas que continuam vitimando nossos irmãos e irmãs indígenas.
 
A carta dos Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/ Mbarakay não deixa de comover o país e o mundo com a decisão deste povo de não sair de suas terras. Nem uma sentença judicial, nem o emprego da força policial, nem a recusa do governo em demarcar o seu território tradicional farão os Guarani-Kaiowá desistir. Resta-lhes uma derradeira e macabra alternativa: a morte coletiva.
 
 
- Conselho Indigenista Missionário - Cimi
https://www.alainet.org/es/node/77153
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